Quantidade e volume de irregularidades encontradas surpreendeu até mesmo MP e Cade.
O vazamento de documentos inéditos e a colaboração de um
ex-funcionário da empresa alemã Siemens, revelou que os governos tucanos
e as companhias da área de transporte sobre trilhos arquitetaram
esquema responsável pelo desvio milionário ao longo de, pelo menos, 20
anos.
Neste período, a tarifa saltou de 50 centavos para
os três reais conquistados pela população paulista após uma série de
manifestações.
Os detalhes levantados pela investigação, realizada em conjunto
pelo Cade e Ministério Público revelou que o esquema tinha por objetivo
privilegiar as companhias envolvidas nas licitações públicas, em troca
de pagamento de propinas para políticos tucanos.
A quantidade de irregularidades encontradas surpreenderam até mesmo
os investigadores. Os dados divulgados apontam superfaturamento de 30%
em cada uma das obras que foram realizadas ao longo destes anos. Ou
seja, a cada dez reais pagos em impostos, três estavam
sendo destinados para a sustentabilidade do esquema.
O prejuízo aos cofres públicos chegaram a 425,1 milhões de reais.
A instalação da Linha 5 Lilás, vencida pelo consórcio Alstom,
formados pela canadense Bombardier, a alemã Siemens e a espanhola CAF,
tiveram serviços orçados em 615 milhões de reais, sendo que destes,
7,5%, ou 46 milhões, eram destinados a pagamento de propinas para
políticos do PSDB e dirigentes da estatal.
Na Linha 2 do metrô, a investigação apontou prejuízo de 67,5 milhões.
O consórcio vencedor é formado pelas mesmas empresas da Linha 5 Lilás,
com a inclusão do consórcio Metrosist.
Ainda segundo as investigações, o articulador do esquema criminoso
era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Apesar de seu papel
protagonista, os maiores beneficiados foram a Alstom e os políticos
envolvidos.
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