Globo entra na justiça contra a exibição deste vídeo
Anonymous não é um grupo ou uma associação, é apenas uma idéia de liberdade verdadeira, um mundo livre de corrupção, opressão e tirania . Nós somos Anonymous.Nós somos Legião. Nós não perdoamos. Nós não esquecemos. Esperem por nós.
sábado, 20 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Anonymous é uma nova cultura, diz diretor de filme sobre o fenômeno do anonimato
Esse destaque todo ficou evidente com o documentário “We Are Legion – The Story of the Hacktvists”
O Anonymous já se firmou como um dos grupos hacker mais famosos de todos os tempos, tanto pela forma de atacar quanto pelos motivos que os levam a fazer o que fazem. Esse destaque todo ficou evidente com o documentário “We Are Legion – The Story of the Hacktvists”.Brian Knappenberger, de 41 anos, dirigiu a obra. E as suas respostas dão certa luz sobre como são vistos os integrantes dessa comunidade que já atacou até o site da Casa Branca. “É um dos fenômenos culturais mais interessantes da história recente”, afirma.
“O Anonymous é uma nova forma de cultura. E uma muito, muito poderosa. Muitas coisas não são novidades. Hacking não é novidade, nem hacktivismo, há muitos exemplos disso nos anos 90 e até mesmo nos 80. Desobediência civil tem uma longa tradição pelo mundo, assim como a figura do “joker” [coringa, piadista]. Mas, se você combinar tudo isso com o número cada vez maior de pessoas on-line nos últimos dez anos e o conforto que temos em nos comunicar on-line e em dividir volumes de informações pessoais… Combine tudo isso, e temos uma cultura nunca antes vista.”
Knappenberger explica que, por mais que o Anonymous aja de maneira ilegal, eles são mais ativistas do que criminosos, pois se diferenciam dos chamados “black hats”, especializados em roubo. “De fato, algumas vezes eles liberam informações privadas de usuários ou cartões de crédito. Mas o fazem de forma bastante barulhenta, pública, é uma provocação.”
“Os hackers conhecidos como ‘black hats’ são bem diferentes. Você nunca ouve falar sobre eles, estão sempre tentando roubar o máximo possível antes de serem pegos e se mantêm completamente silenciosos sobre como entraram nos sistemas. Há uma separação, pode ter certeza.”
Assista ao documentário
Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous
Em um mundo virtual o qual as redes
sociais são – cada vez mais – antissociais, estabelecer uma rede de
contatos baseada em interesses comuns, e não somente em grau de
parentesco ou relações pré estabelecidas, tem se tornado cada vez mais
difícil.
A internet cresceu e se expandiu-se como
uma ferramenta que possibilita ultrapassarmos barreiras físicas. A
universalidade do acesso permitiu que diferentes pessoas, de diferentes
lugares, se encontrassem, comunicando-se inicialmente via interesses
comuns. Mas, infelizmente, com o passar destes poucos anos, essa
realidade mudou.
Saudosistas vão lembrar do IRC e ICQ,
com todos seus canais e diretórios. No início da década passada, as
salas de bate-papo online eram garantia de discussões acaloradas
madrugada adentro. Recentemente tivemos um último suspiro com o Orkut e
suas comunidades, onde debates intermináveis reuniam pessoas das mais
diferentes culturas e localidades. Apesar de todos esses estarem ativos
até hoje, o perfil do usuário mudou substancialmente. O internauta de
hoje enxerga a rede social apenas como uma extensão da sua vida real.
Em tempos onde protestos já se
estabelecem como pauta constante na vida dos brasileiros, as redes
sociais exercem um papel fundamental na organização e divulgação destes.
A contradição de manter-se “real” em mundo virtual, somado à vontade ou
necessidade de permanecer anônimo, gera uma “barreira virtual” a qual
muitos preferem não ultrapassar.
É justamente neste cenário que a AnonySocial, rede social criada e utilizada pelo grupo cyberativista Anonymous, vem crescendo de maneira surpreendente.
Como é de se esperar, não é exigido
(tanto pela rede, como pelos demais usuários) que seu perfil estabeleça
uma imagem de quem você é na vida real. Perfis anônimos se misturam
harmoniosamente com perfis “reais”. Todos são bem vindos. O importante
aqui não é estabelecer uma imagem ou destacar-se, mas sim, nos juntarmos
à luta pelas ideias e ideais que nos unem.
Uma das maiores dificuldades nos
interessados em participar mais diretamente nas atividades do Anonymous,
é justamente saber como estabelecer o contato inicial. Uma estrutura
horizontal, não hierárquica e, obviamente, anônima, tornava esta tarefa
praticamente impossível. Esta nova rede facilita esta tarefa,
aproximando seus interessados e oferecendo uma maneira livre, segura e
anônima de troca e compartilhamento de informações.
Os números surpreendem. Apesar do pouco
tempo em que a rede está no ar, (desde 29 de abril desse ano) os 100 mil
usuários já compartilharam em média, 106 mil fotos em cerca de 3 mil
páginas – além da organização de cerca de 800 eventos. A comunidade
cresce em ritmo acelerado. Cada dia, 1.200 novas pessoas ingressam na
rede, aproximadamente. Em menos de um ano, tornou-se ponto de encontro
definitivo de seus simpatizantes.
O layout é limpo e direto. Lembra
propositalmente o Facebook, para que seus novos integrantes não percam
muito tempo em familiarizar-se com a nova rede social. Seu uso é natural
e muito amigável para, até mesmo, marinheiros de primeira viagem.
Para quem está sempre na rua, a versão
para celulares consegue ser ainda mais fácil de usar. Todas as
funcionalidades disponíveis na versão completa, marcam presença na
versão móvel.
Feed de notícias, murais, compartilhamentos, likes e deslikes. Todos os principais conceitos e funcionalidades estão presentes.
A iniciativa veio em um momento
oportuno. Milhares de brasileiros engajados na luta por um pais melhor é
algo que nem sempre vivenciamos. A internet já se provou como um meio
de comunicação e organização eficaz, capaz de tornar real o que é
discutido no virtual. A AnonySocial (clique aqui para ir para pagina)promete
ser a centralização desta organização, unificando células, unindo
interesses, ideais e provendo um meio seguro e anônimo para isto. A
ideia aqui não é revolucionar conceitos de redes sociais, mas sim, o que
é possível atingir com ela.
Realmente, agora, não há mais desculpas para não sair da internet.
Exército monitorou líderes de protestos pelas redes sociais
O Exército brasileiro
monitorou com lupa as manifestações que tomaram as ruas do país em
junho, inclusive com uma técnica de espionagem semelhante à utilizada
pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), organismo
sob suspeita de violação de dados sigilosos no Brasil. Um software de
fabricação nacional, em uso pelo Centro de Defesa Cibernética do
Exército, filtrou informações postadas nas redes sociais e serviu para
identificar os manifestantes que assumiram a linha de comando dos
protestos.
Os dados produzidos foram enviados à Polícia Federal e às Secretarias
de Segurança Pública nos estados onde ocorriam as manifestações. As
informações foram repassadas pelo chefe do Centro de Defesa Cibernética,
general José Carlos dos Santos.Segundo o general, o monitoramento feito pelo Exército é legal. Esse acompanhamento é necessário por envolver questões de segurança nacional, o que legitima e justifica essa ação, avalia ele. O militar informou que a parceria com a Polícia Federal também tem legitimidade até porque as Forças Armadas não atuam na ponta, o que é função da polícia.
O centro funciona no quartel-general do Exército, em Brasília. Da central de monitoração cibernética, Santos comandou um grupo de 50 militares responsáveis por identificar eventuais líderes das manifestações, pontos de potencial conflito e organização de atos de vandalismo. Agentes e delegados da PF atuaram em conjunto com o Exército. Outros 24 militares — quatro em cada uma das seis sedes da Copa das Confederações — participaram do monitoramento dos protestos. Novas manifestações poderão ser acompanhadas pelo Centro de Defesa Cibernética e pelo setor de inteligência do Exército.
Os protestos de junho, em especial os realizados nos dias de jogo na Copa das Confederações, foram marcados pela violência das polícias militares, que evitaram a aproximação dos manifestantes dos estádios. Agora, sabe-se que filtros produzidos pelo Exército, com identificação de eventuais líderes, municiaram a ação dos policiais. O software utilizado foi fabricado pela Dígitro, empresa de Florianópolis que vende a ferramenta a órgãos de segurança pública em geral, segundo o general.
— A adaptação do software para esse tipo de monitoração depende do usuário. Ele foi customizado para esse evento — disse o general.
Santos afirmou que o monitoramento e a filtragem de dados das redes sociais pararam com o fim da Copa das Confederações. Segundo ele, em nenhum momento o Exército filtrou dados que não fossem informações públicas, divulgadas nas redes sociais pelos ativistas:
— Essa foi a nossa presença nessa imensa praça cibernética. Com filtros, consegue-se focalizar o que interessa. É uma técnica de filtragem que a própria espionagem deve utilizar racionalmente. Os americanos monitoram 2,3 bilhões de e-mails e telefonemas. Se não houver essa técnica, não é possível gerar inteligência sobre isso. O próprio embaixador americano (no Brasil), Thomas Shannon, indica que essa é a técnica utilizada pela NSA. É um processo semelhante. A grande diferença é que nós nos baseamos só em informações de domínio público.
Conjuntos de frases e palavras publicadas nas redes sociais foram pinçados:
— Tudo que estava relacionado à segurança pública era mapeado. Era difícil precisar de onde estava partindo a coordenação. Quando era possível, informávamos aos órgãos de segurança.
O Centro de Defesa Cibernética já monitora as movimentações para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio. Na Copa das Confederações, o Exército forneceu informações “em tempo real” sobre produtos explosivos a serem usados nas manifestações. Fábricas clandestinas de explosivos foram interditadas, segundo o general. O mesmo monitoramento está previsto para a Copa do Mundo em 2014.
Sociólogo afirma que ausência de líderes é uma das qualidades dos protestos no Brasil.
Sociólogo Manuel Castells: Afirma que ausência de líderes é uma das qualidades dos protestos no Brasil e diz que país vai influenciar países vizinhos.
‘O povo não vai se cansar de protestar’
Para o sociólogo catalão Manuel Castells, boa parte dos políticos é de “burocratas preguiçosos”. Ele é um dos pensadores mais influentes do mundo, com suas análises sobre os efeitos da tecnologia na economia, na cultura e, principalmente, no ativismo. Conhecido por sua língua afiada, o espanhol falou sobre os protestos no Brasil.
Os protestos no Brasil não tinham líderes. Isso é uma qualidade ou um defeito?
Claro que é uma qualidade. Não há cabeças para serem cortadas. Assim, as redes se espalham e alcançam novos espaços na internet e nas ruas. Não se trata, apenas, de redes na internet, mas redes presenciais.
Como conseguir interlocução com as instituições sem líderes?
Eles apresentam suas demandas no espaço público, e cabe às instituições estabelecer o diálogo. Uma comissão pode até ser eleita para encontrar o presidente, mas não líderes.
Como explicar os protestos?
É um movimento contra a corrupção e a arrogância dos políticos, em defesa da dignidade e dos direitos humanos — aí incluído o transporte. Os movimentos recentes colocam a dignidade e a democracia como meta, mais do que o combate à pobreza. É um protesto democrático e moral, como a maioria dos outros recentes.
Por que o senhor disse que os protestos brasileiros são um “ponto de inflexão”?
É a primeira vez que os brasileiros se manifestam fora dos canais tradicionais, como partidos e sindicatos. As pessoas cobram soberania política. É um movimento contra o monopólio do poder por parte de partidos altamente burocratizados. É, ainda, uma manifestação contra o crescimento econômico que não cuida da qualidade de vida nas cidades. No caso, o tema foi o transporte. Eles são contra a ideia do crescimento pelo crescimento, o mantra do neodesenvolvimentismo da América Latina, seja de direita, seja de esquerda. Como o Brasil costuma criar tendências, estamos em um ponto de inflexão não só para ele e o continente. A ideologia do crescimento, como solução para os problemas sociais, foi desmistificada.
O que costuma mover esses protestos?
O ultraje, causado pela desatenção dos políticos e burocratas do governo pelos problemas e desejos de seus cidadãos, que os elegem e pagam seus salários. O principal é que milhares de cidadãos se sentem fortalecidos agora.
O senhor acha que eles podem ter sucesso sem uma pauta bem definida de pedidos?
Acho inacreditável. Além de passarem por uma série de problemas urbanos, ainda se exige que eles façam o trabalho de profissional que deveria ser dos burocratas preguiçosos responsáveis pela bagunça nos serviços. Os cidadãos só apontam os problemas. Resolvê-los é trabalho para os políticos e técnicos pagos por eles para fazê-lo.
Com organização horizontal, esse movimento pode durar?
Vai durar para sempre na internet e na mente da população. E continuará nas ruas até que exigências sejam satisfeitas, enquanto os políticos tentarem ignorar o movimento, na esperança que o povo se canse. Ele não vai se cansar. No máximo, vai mudar a forma de protestar.
Outra característica dos protestos eram bandeiras à esquerda e à direita do espectro político. Como isso é possível?
O espaço público reúne a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados — todo mundo. Anormal seriam legiões em ordem, organizadas por uma única bandeira e lideradas por burocratas partidários. É o caos criativo, não a ordem preestabelecida.
Há uma crise da democracia representativa?
Claro que há. A maior parte dos cidadãos do mundo não se sente representada por seu governo e parlamento. Partidos são universalmente desprezados pela maioria das pessoas. A culpa é dos políticos. Eles acreditam que seus cargos lhes pertencem, esquecendo que são pagos pelo povo. Boa parte, ainda que não a maioria, é corrupta, e as campanhas costumam ser financiadas ilegalmente no mundo inteiro. Democracia não é só votar de quatro em quatro anos nas bases de uma lei eleitoral trapaceira. As eleições viraram um mercado político, e o espaço público só é usado para debate nelas. O desejo de participação não é bem-vindo, e as redes sociais são vistas com desconfiança pelo establishment político.
O senhor vê algo em comum entre os protestos no Brasil e na Turquia?
Sim, a deterioração da qualidade de vida urbana sob o crescimento econômico irrestrito, que não dá atenção à vida dos cidadãos. Especuladores imobiliários e burocratas, normalmente corruptos, são os inimigos nos dois casos.
Protestos convocados pela internet nunca tinham reunido tantas pessoas no Brasil. Qual a diferença entre a convocação que funciona e a que não tem sucesso?
O meio não é a mensagem. Tudo depende do impacto que uma mensagem tem na consciência de muitas pessoas. As mídias sociais só permitem a distribuição viral de qualquer mensagem e o acompanhamento da ação coletiva.
Presidente da Fifa demonstra preocupação com manifestações
"Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede", disse Joseph Blatter.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, demonstrou, nesta quarta-feira (17), preocupação com as manifestações populares do Brasil. Blatter deu a seguinte afirmação à agência de notícias alemã DPA: "Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede. Porém, isso não acontecerá. Estou confiante que o Brasil vai entregar uma grande Copa do Mundo”. Em nota, o Ministério do Esporte declarou que o sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o ministério afirmou que o Brasil é um país democrático e que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, demonstrou, nesta quarta-feira (17), preocupação com as manifestações populares do Brasil. Blatter deu a seguinte afirmação à agência de notícias alemã DPA: "Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede. Porém, isso não acontecerá. Estou confiante que o Brasil vai entregar uma grande Copa do Mundo”. Em nota, o Ministério do Esporte declarou que o sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o ministério afirmou que o Brasil é um país democrático e que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão.
Pedido de vista adia votação da PEC sobre perda de mandato parlamentar
Discussão sobre o texto só será retomada após o "recesso branco" do Congresso, em agosto
Um pedido de mais tempo para análise adiou nesta quarta-feira a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2013, que prevê a perda automática do mandato de parlamentares que forem condenados definitivamente pela Justiça por improbidade administrativa ou por crimes contra a administração pública. A solicitação foi feita pelo senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que argumentou ser favorável à proposta, porém precisaria de mais tempo para analisar o texto. Com o pedido de vista, a discussão sobre o projeto será retomada na próxima reunião da CCJ, que deve ocorrer no dia 7 de agosto. Para o autor da matéria, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), a proposta vai sofrer resistências dentro do Congresso Nacional. "Não vejo nenhum entusiasmo ou boa vontade de incluir a matéria na agenda positiva. Acho que é o espírito corporativista de preservar privilégios que o Congresso tem", avalia. "Acho que isso pode ter relação com quem tem processo em tramitação no Supremo ou já esteve respondendo processo. E o projeto ainda evita o fim do foro privilegiado", acrescenta. O foro privilegiado garante que autoridades sejam julgadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Vasconcelos, o fim da regra pode abrir brechas para que juízes sejam alvos de pressões e interesses durante julgamentos de autoridades. "A partir do mensalão, quando todos foram condenados por improbidade administrativa e crime contra a administração pública, ou pelos dois, o foro, que era atacado, passou a ser uma coisa positiva. O juiz singular (de primeira instância) está mais sujeito à pressão que os 11 ministros da Suprema Corte", avalia. No julgamento da Ação Penal 470 no STF, o processo do mensalão, foram condenados os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Jose Genoino (PT-SP). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) criticou o adiamento da votação da PEC. "Perdemos a pressa? Esse é um projeto simples que resolveria a questão. Não há porque retardar", disse. Segundo o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da PEC, a iniciativa é "relevante por efetivar o princípio da moralidade e da probidade para o exercício do mandato eletivo". Para ele, a proposta também está em sintonia com "o clamor popular pelo respeito à coisa pública e pela efetividade das condenações dos agentes públicos envolvidos em malfeitos". Se for acatada pelos senadores na CCJ, a matéria ainda precisa ser aprovada em votação, em dois turnos, no plenário do Senado, e depois passar pelo crivo dos deputados federais. Como seguem as mesmas regras do Congresso Nacional, as mudanças, se aprovadas, também vão valer para deputados estaduais e distritais.
Um pedido de mais tempo para análise adiou nesta quarta-feira a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2013, que prevê a perda automática do mandato de parlamentares que forem condenados definitivamente pela Justiça por improbidade administrativa ou por crimes contra a administração pública. A solicitação foi feita pelo senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que argumentou ser favorável à proposta, porém precisaria de mais tempo para analisar o texto. Com o pedido de vista, a discussão sobre o projeto será retomada na próxima reunião da CCJ, que deve ocorrer no dia 7 de agosto. Para o autor da matéria, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), a proposta vai sofrer resistências dentro do Congresso Nacional. "Não vejo nenhum entusiasmo ou boa vontade de incluir a matéria na agenda positiva. Acho que é o espírito corporativista de preservar privilégios que o Congresso tem", avalia. "Acho que isso pode ter relação com quem tem processo em tramitação no Supremo ou já esteve respondendo processo. E o projeto ainda evita o fim do foro privilegiado", acrescenta. O foro privilegiado garante que autoridades sejam julgadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Vasconcelos, o fim da regra pode abrir brechas para que juízes sejam alvos de pressões e interesses durante julgamentos de autoridades. "A partir do mensalão, quando todos foram condenados por improbidade administrativa e crime contra a administração pública, ou pelos dois, o foro, que era atacado, passou a ser uma coisa positiva. O juiz singular (de primeira instância) está mais sujeito à pressão que os 11 ministros da Suprema Corte", avalia. No julgamento da Ação Penal 470 no STF, o processo do mensalão, foram condenados os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Jose Genoino (PT-SP). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) criticou o adiamento da votação da PEC. "Perdemos a pressa? Esse é um projeto simples que resolveria a questão. Não há porque retardar", disse. Segundo o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da PEC, a iniciativa é "relevante por efetivar o princípio da moralidade e da probidade para o exercício do mandato eletivo". Para ele, a proposta também está em sintonia com "o clamor popular pelo respeito à coisa pública e pela efetividade das condenações dos agentes públicos envolvidos em malfeitos". Se for acatada pelos senadores na CCJ, a matéria ainda precisa ser aprovada em votação, em dois turnos, no plenário do Senado, e depois passar pelo crivo dos deputados federais. Como seguem as mesmas regras do Congresso Nacional, as mudanças, se aprovadas, também vão valer para deputados estaduais e distritais.
Facebook tem acesso às senhas dos usuários, alerta ex-funcionária
Diante do aumento das acusações de
grandes empresas sobre a participação de grandes empresas no Prism, o
programa de vigilância dos EUA aos usuários da internet, uma
ex-funcionária do Facebook foi a público para alertar sobre os riscos da
inclusão de informações nas redes sociais.
Segundo Katherine Losse, que trabalhou
durante cinco anos na empresa até 2010, a preocupação não deve ser
apenas com a espionagem governamental, mas também com o cuidado com que o
Facebook trata as contas dos usuários.
Em entrevista à publicação britânica The
Guardian, ela afirma que os empregados da rede social também têm acesso
aos dados dos usuários, incluindo sua senha. A informação é importante,
já que boa parte das pessoas usam a mesma palavra-chave para outros
serviços, incluindo o e-mail de cadastro na rede social.
“Usuários de redes sociais entendem que
eles são os únicos que podem acessar as informações que colocam na rede
e, na maioria dos casos, isso não é verdade, porque alguns dos
funcionários precisam ter acesso às contas para fazer seus trabalhos”,
ela alega, lembrando que em outras startups, os dados normalmente não
são inacessíveis por empregados.
Losse, que foi uma das primeiras
funcionárias do Facebook, afirma que “todos os funcionários de suporte
ao cliente recebiam uma senha-mestra, com a qual era possível fazer
login como qualquer usuário e ter acesso aos seus dados e suas
mensagens”. Ela acrescenta que com o passar do tempo, outras formas mais
seguras de recuperação de contas foram implementadas.
O Facebook, no entanto, afirma que o
acesso de funcionários a dados de usuários funciona com um sistema de
“need-to-know”, no qual a pessoa só tem acesso a informações que ele
necessita para realizar uma tarefa específica. Desta forma, ele não pode
acessar indiscriminadamente o perfil de outra pessoa.
Entretanto, ela afirma que, mesmo assim,
não há garantia de segurança de seus dados nas redes sociais. “Mesmo se
um funcionário comum não possa acessar suas informações, elas podem
estar sendo gravadas em algum lugar para a NSA”.
Durante o período em que trabalhou no
Facebook, Katherine Losse operou o serviço de atendimento ao cliente,
sendo promovida, posteriormente, ao cargo de redatora de discursos de
Mark Zuckerberg.
Diante do aumento das acusações de
grandes empresas sobre a participação de grandes empresas no Prism, o
programa de vigilância dos EUA aos usuários da internet, uma
ex-funcionária do Facebook foi a público para alertar sobre os riscos da
inclusão de informações nas redes sociais.
Segundo Katherine Losse, que trabalhou
durante cinco anos na empresa até 2010, a preocupação não deve ser
apenas com a espionagem governamental, mas também com o cuidado com que o
Facebook trata as contas dos usuários.
Em entrevista à publicação britânica The
Guardian, ela afirma que os empregados da rede social também têm acesso
aos dados dos usuários, incluindo sua senha. A informação é importante,
já que boa parte das pessoas usam a mesma palavra-chave para outros
serviços, incluindo o e-mail de cadastro na rede social.
“Usuários de redes sociais entendem que
eles são os únicos que podem acessar as informações que colocam na rede
e, na maioria dos casos, isso não é verdade, porque alguns dos
funcionários precisam ter acesso às contas para fazer seus trabalhos”,
ela alega, lembrando que em outras startups, os dados normalmente não
são inacessíveis por empregados.
Losse, que foi uma das primeiras
funcionárias do Facebook, afirma que “todos os funcionários de suporte
ao cliente recebiam uma senha-mestra, com a qual era possível fazer
login como qualquer usuário e ter acesso aos seus dados e suas
mensagens”. Ela acrescenta que com o passar do tempo, outras formas mais
seguras de recuperação de contas foram implementadas.
O Facebook, no entanto, afirma que o
acesso de funcionários a dados de usuários funciona com um sistema de
“need-to-know”, no qual a pessoa só tem acesso a informações que ele
necessita para realizar uma tarefa específica. Desta forma, ele não pode
acessar indiscriminadamente o perfil de outra pessoa.
Entretanto, ela afirma que, mesmo assim,
não há garantia de segurança de seus dados nas redes sociais. “Mesmo se
um funcionário comum não possa acessar suas informações, elas podem
estar sendo gravadas em algum lugar para a NSA”.
Durante o período em que trabalhou no
Facebook, Katherine Losse operou o serviço de atendimento ao cliente,
sendo promovida, posteriormente, ao cargo de redatora de discursos de
Mark Zuckerberg.
Pronunciamento feito por Edward Snowden no Aeroporto de Moscou
“Olá, meu nome é Ed Snowden. Há pouco mais de um mês, eu tinha família, um lar no Paraíso, e vivia com muito conforto. Eu também tinha a capacidade de, sem qualquer autorização, para procurar, tomar e ler as suas mensagens. Na verdade, as mensagens de qualquer pessoa, a qualquer momento. Este é o poder que mudar o destino das pessoas.
Também é uma séria violação da lei. As emendas 4 e 5 da Constituição do meu país, o artigo 12 da Declaração Universal dfos Direitos Humanos, e numerosos estatutos e tratados proíbem tais sistemas de vigilância massiva e invasiva. Enquanto a Constituição dos Estados Unidos assinala que estes programas são ilegais, o meu governo argumenta que juízos de um tribunal secreto, que o mundo não pode ver, de alguma forma legitima esta atividade ilegal. Estes juízos simplesmente corrompem a noção mais básica de justiça, que precisa ser revelado. Algo imoral não pode se tornar moral através do uso de uma lei secreta.
Eu acredito no princípio declarado em Nuremberg, em 1945: “Indivíduos têm deveres internacionais que transcendem as obrigações nacionais de independência. Portanto cidadãos individuais têm o dever de violar leis domésticas para impedir a ocorrência de crimes contra a paz e a humanidade.
Conforme esta crença, fiz o que eu acreditava ser certo e comecei uma campanha para corrigir estas ações erradas. Não procurei enriquecer, nem vender segredos dos estados Unidos. Não me aliei a qualquer país estrangeiro para garantir a minha segurança. Ao invés, revelei o que eu conhecia ao público, de tal modo que aquilo que afeta as todos nós possa ser discutido por todos nós à luz do dia, e pedi justiça ao mundo.
A decisão moral de tornar pública a espionagem que nos afeta a todos me custou muito, mas era o correto a fazer, e não me arrependo de nada.
Desde então o governo e os serviços de inteligência dos Estados Unidos vêm tentando fazer de mim um exemplo, um aviso para todos aqueles que quiserem vir a público como eu vim, O governo dos EUA me colocou numa lista de impedidos de viajar. Pediu a Hong Kong que me deportasse de volta, à margem de suas leis, numa clara violação do princípio de proteção – na Lei das Nações. Ameaçou com sanções países que defenderam meus direitos humanos e o sistema de asilo previsto pela ONU. Tomou inclusive a decisão sem precedentes de ordenar a aliados militares que forçassem o pouso de um avião presidencial latino-americano, na busca por um refugiado político. Esta escalação perigosa representa uma ameaça não só para a dignidade da América Latina, mas aos direitos fundamentais compartilhados por qualquer pessoa, qualquer nação, no sentido de viver sem perseguições, de procurar e desfrutar de asilo.
Ainda assim, diante desta agressão historicamente desproporcional, países ao redor do mundo me ofereceram apoio e asilo. Estas nações – inclusive a Rússia, a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador, têm minha gratidão e respeito por serem as primeiras a se erguer contra a violação de direitos humanos levada a cabo pelos poderosos, não pelos indefesos. Por recusarem a comprometer seus princípios diante das intimidações, ganharam o respeito do mundo. Tenho a intenção de viajar a cada um destes países para levar pessoalmente meus agradecimentos a seus povos e líderes.
Anuncio hoje minha aceitação formal de todas as ofertas de apoio e asilo que foram feitas, e todas que forem feitas no futuro. Com, por exemplo, a garantia de asilo concedido pelo presidente Maduro da Venezuela, minha condição de asilado agora está formalizada, e nenhum estado tem base legal para limitar ou interferir com meu direito de desfrutar deste asilo. Porém, como já vimos, alguns países na Europa Ocidental e os Estados Unidos demonstraram sua disposição de atuar por fora da lei, e esta disposição ainda está de pé hoje. Esta ameaça fora da lei torna impossível minha viagem à América Latina para desfrutar do asilo lá concedido segundo nossos direitos comuns.
A disposição de estados poderosos de agir à margem da lei representa uma ameaça para todos nós e não se deve permitir que ela tenha sucesso. Portanto, peço vossa ajuda [a organizações humanitárias] no sentido de garantir o direito de passagem em segurança através das nações pertinentes, para assegurar minha viagem à América Latina, bem como no sentido de pedir asilo na Rússia até que estes estados aceitem a lei e que minha meu direito legal de viajar seja permitido. Estarei apresentando meu pedido [de asilo] à Rússia hoje, e eu espero que ele seja aceito.
Se vocês têm quaisquer perguntas, responderei na medida do meu alcance.
Obrigado.”
Operação "O Dia Pela Independência" - Dia 07 de Setembro
Dia 7 de Setembro, local: TODOS OS LUGARES
Chega de ficar calado e promover a impunidade de cada político corrupto que faz o que bem entende com o nosso dinheiro.
Nosso objetivo é protestar contra a corrupção no Brasil e reverter esse quadro de impunidade que faz com que os políticos sujos continuem a abusar do poder que têm. NÃO DÁ MAIS. Então se você tem esse sentimento dentro do peito! Façamos o real Dia da Independência no Brasil!
Estamos organizando em diferentes cidades do Brasil, convide seus amigos para essa Operação.
#OperacaoSeteDeSetembro
Acesse o link e participe: https://www.facebook.com/ events/601096219921653/
Compartilhe a postagem e convide todos seus amigos!
Acesse o link e participe: https://www.facebook.com/
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Maior Protesto da História do Brasil
#OperacaoSeteDeSetembro
Todos que participaram das manifestações devem assistir este vídeo e ajudar na divulgação. Faça parte do maior protesto do Brasil! Link do evento:
https://www.facebook.com/events/60109...#OperacaoSeteDeSetembro
Visite nosso site: http://www.AnonymousBr4sil.net
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Nós somos Anonymous
Nós não esquecemos
Nós não perdoamos
Nos Aguardem!
Anonymous marca protesto na visita do Papa ao Brasil
A Anonymous Rio marcou para a próxima segunda-feira(22) um protesto no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, onde o pontífice deverá ser reunir com a presidenta Dilma Rousseff. O protesto irá aproveitar o foco internacional para mostrar o que está acontecendo no Rio, desde a brutalidade policial até as questões políticas e sociais, dizem.
O evento criado no facebook já conta com mais de 3 mil inscritos, que pode ser conferido clicando Aqui. Em nota deixam claro que o protesto não é contra o Papa, apenas usarão a visibilidade deste grande evento(Jornada Mundial da Juventude) para realizar o protesto.
As pautas que serão reivindicadas no protesto serão:
-Contra os gastos públicos de 180 milhões pela vinda do Papa (e mais o valor da festa e outros gastos)
-Contra permanência de Sérgio Cabral, Pesão e Paulo Melo no poder
-contra violência desmedida da polícia nos protestos (Papa veja como somos tratados)
-pelo estado laico
O protesto irá ocorrer na próxima segunda-feira(22), ainda não há horário definido para o inicio do ato.
O Vaticano se distancia das manifestações no Brasil, se diz "sereno" em relação aos protestos e insiste que tem "plena confiança" nas autoridades nacionais para garantir a proteção da viagem do papa ao País. Na segunda-feira, 22, Francisco desembarca no Brasil para sua primeira viagem internacional. Mas os protestos são considerados a principal ameaça à visita, segundo a própria Abin. Para o Vaticano, no entanto, não há, hoje, nenhum fator que faria o papa mudar o roteiro ou a programação da viagem. Mas, se houver alguma recomendação nesse sentido, irá "avaliá-la". "As autoridades sabem melhor o que fazer", afirmou na manhã desta quarta-feira, 17, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
O discurso oficial do Vaticano é o de distanciamento dos eventos no Brasil. "Sabemos que há uma situação de manifestações nas últimas semanas no Brasil. Mas temos confiança que a cidade e as autoridades irão gerar a situação e vemos com total serenidade a situação", disse Lombardi. "Não é um confronto com o papa ou com a Igreja", insiste o porta-voz. "Tenho certeza de que será uma belíssima organização."
O Vaticano também explicou que a decisão de ir a Aparecida (SP) foi do papa e que ele é um devoto de Nossa Senhora. "Ele irá pedir proteção para seu pontificado que está começando", completou Lombardi.
A viagem de Francisco ao Brasil será a primeira de um papa ao exterior sem a presença do papamóvel blindado, desde 1981. Para Lombardi, é com um jipe aberto que o papa se sente "melhor, mais comunicado com as pessoas". Em 1981, o papa João Paulo II sofreu um atentado em Roma que mudou os hábitos do Vaticano.
Gastos. Lombardi ainda saiu em defesa dos gastos públicos com a Jornada Mundial da Juventude e da própria visita do papa. "Não se trata de dinheiro jogado no mar", declarou.
Veja ao vivo no Rio de Janeiro #OcupaCabral
E fica clara a armação da mídia casada com o governo.
Primeiro a polícia ataca com muita força sem nenhum motivo. Os manifestantes se defendem e levantam barricadas.
A mídia aparece ao vivo para cobrir, de helicóptero, e faz parecer que a polícia nem está agindo e nunca agiu.
Objetivo? Criar a imagem do vilão mascarado para manipular a opinião pública!
#OcupaCabral
http://twitcasting.tv/ midianinja_rj
http://twitcasting.tv/ninja2rj
http://pt.twitcasting.tv/ olhodarua1
Primeiro a polícia ataca com muita força sem nenhum motivo. Os manifestantes se defendem e levantam barricadas.
A mídia aparece ao vivo para cobrir, de helicóptero, e faz parecer que a polícia nem está agindo e nunca agiu.
Objetivo? Criar a imagem do vilão mascarado para manipular a opinião pública!
#OcupaCabral
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quarta-feira, 17 de julho de 2013
#OcupaDP, #OcupaUnesp
Cliquem no primeiro link gravado e pulem para 1 hora e 10 minutos de vídeo momentos que o CHOQUE começa seus atos.
http://twitcasting.tv/midianinja/movie/15638889
http://twitcasting.tv/midianinja/movie/15638889
ATO CONTRA REPRESSÃO AO MOVIMENTO ESTUDANTIL UNESPIANO
Em resposta a morosidade das negociações e frente ao DESCASO da reitoria para com as pautas estudantis, ontem (16/07) ao meio dia, a reitoria da UNESP foi ocupada de maneira pacifica pelos estudantes em greve, não havendo nenhum dano ao patrimônio. Os estudantes tem plena consciência de seus atos e nunca prezaram pela depredação dos ambientes, nossa luta é política contra a estrutura de poder que está instaurada na nossa universidade.
De acordo com informações, no fim desta tarde policiais a paisana entraram no prédio para planejar junto à Assessoria Jurídica da UNESP as ações de repressão aos grevistas, contrariando a primeira pauta do movimento que pede NÃO REPRESSÃO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS, pauta acordada entre a vice-reitora Marilza Vieira da Cunha Rudge e o Movimento Estudantil na última ocupação (27/06). Foi pedido pela reitoria a reintegração de posse do prédio, fato que coloca os estudantes em luta pela democratização da universidade (cotas, bolsas, restaurante universitário, moradia), sob ameaça de repressão brutal na reitoria. Cabe ressaltar que esse processo de reintegração é o mesmo que foi pedido no dia 27/06, que havia sido arquivado após a desocupação. Mais uma vez a reitoria mostrou sua intransigência ao retomar um processo que já deveria ter sido findado.
Consta no boletim que foi encaminhado para a Policia Militar a informação de que os funcionários que ainda estavam no prédio da reitoria se sentiram constrangidos pelo Movimento Estudantil que, segundo eles, não estavam liberando a saída do prédio. Mais uma MENTIRA que foi dita, desde o inicio da ocupação, a instrução dos alunos era para que os funcionários desocupassem o prédio, inclusive possuímos um vídeo que mostra os alunos indicando aos funcionários e a própria vice-reitora, a desocupação.
Na parte da noite, o Movimento Estudantil foi chamado pela Vice-reitoria, que propôs a desocupação do prédio em troca da negociação das pautas estabelecidas. Durante todo o dia a direção da universidade não se posicionou perante a ocupação e não fez questão de negociar. Essa postura demonstra o caráter repressor da reitoria, que não busca o dialogo com os alunos e que apenas impõe suas decisões arbitrárias.
Em plenária realizada na noite do dia 16/07 o Movimento Estudantil deliberou pela continuidade da ocupação e pela resistência ao pedido de reintegração. A reitoria se fechou para negociações e não fez nem questão de conhecer nossas pautas. Um major da Policia Militar adentrou a reitoria para negociar a entrada da Tropa de Choque com os estudantes.
Nós não vamos aceitar negociar com a polícia. A reitoria não pode permitir que isso aconteça e não pode se ausentar das discussões com os alunos.
REPUDIAMOS essa atitude FASCISTA! Queremos liberdade e respeito.
TODA A RESPONSABILIDADE POR ESSA REPRESSÃO É DA REITORIA E DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, QUE JÁ DEMONSTROU INÚMERAS VEZES SEU CARÁTER ELITISTA E VIOLENTO!
OS ESTUDANTES PEDEM O APOIO DE TODOS AQUELES QUE SE SOLIDARIZAM COM A LUTA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.
Convocamos todos os veículos de comunicação para uma coletiva de imprensa na reitoria, às 9h do dia 17/07. A intenção é explanar todos os acontecimentos e deixar claro nossas pautas e ações.
Convocamos também a todos que estiverem na cidade de São Paulo para um ATO em frente à reitoria, no dia 17/07, às 14h. NÃO À REPRESSÃO! FORA DURIGAN! CONTRA O PIMESP!
POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, DE QUALIDADE E DO POVO!
DIVULGUEM ESTA INFORMAÇÃO às mídias, movimentos sociais, grupos e em seus perfis.
Pedimos a colaboração de todos nesse momento crucial da nossa luta.
Evento no Facebook
Situação em São Paulo #OcupaUnesp #OcupaDP
Tropa de Choque da policia
Militar invade a reitoria da UNESP nesse momento para reintegracao de posse. O predio, de treze andares, esta ocupado por estudantes desde meio dia de terca. Todos serao levados para a DP nesse momento.
Nesse momento a PM de São Paulo perdendo totalmente o controle, descontrolados. Acompanhem e divulguem.
Militar invade a reitoria da UNESP nesse momento para reintegracao de posse. O predio, de treze andares, esta ocupado por estudantes desde meio dia de terca. Todos serao levados para a DP nesse momento.
Nesse momento a PM de São Paulo perdendo totalmente o controle, descontrolados. Acompanhem e divulguem.
Assista ao vivo:
http://twitcasting.tv/ midianinja
http://twitcasting.tv/
Lutamos todos por um mundo melhor, juntos podemos e com um simples ato podemos mudar a vida de muitos.
Vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba-PR, inspirado no vídeo das crianças do Seattle Children's Hospital.
Esta filmagem foi realizada por super-heróis se doaram por meio alegria, sonhos, esperança e fé - por um mundo repleto de amor.
Seja um doador de medula óssea, compartilhe esta ideia!
"A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla". (David Hume)
Filmagem e edição: Voluntários Felipe Torres Gonçalves e Vicente Filizola
SAIBA COMO SE TORNAR UM DOADOR DE MEDULA ÓSSEA AQUI: http://www.hnsg.org.br/cuidadosposalta/dicas_detalhes.html?id=58#!key=doe-medula
Lutamos todos por um mundo melhor, juntos podemos e com um simples ato podemos mudar a vida de muitos.
Abin vai monitorar segurança no Rio de Janeiro durante JMJ
A Agência Brasileira de Inteligência considera a possibilidade de haver manifestações como uma ameaça ao evento.
Leia ABIN monta rede para monitorar internet
O Rio preparou um esquema maior do que o de um Réveillon para a Jornada Mundial da Juventude que começa na semana que vem. Hoje, a Agência Brasileira de Inteligência considera a possibilidade de haver manifestações como uma ameaça ao evento. Em Brasília, a Agência Brasileira de Inteligência monitora os riscos para a Jornada. Nos painéis da Abin, em vermelho, o alerta para os grupos de pressão, possíveis protestos, como os que tem ocorrido desde o mês passado pelo país.
“Temos que encarar com total naturalidade. E, claro, olhar, acompanhar para evitar que aquelas manifestações tenham uma repercussão a ponto de prejudicar o grande evento”, comentou José Elito Siqueira, ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o Papa não tem ligação com as reivindicações dos manifestantes. “Se alguém quiser reclamar de questões afeitas ao prefeito, governador, presidenta da República, ao Parlamento brasileiro, não me parece o Papa Francisco a pessoa mais adequada para ouvir essa manifestação”, declarou Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.
São mais de 300 mil peregrinos inscritos e 800 mil visitantes esperados. Quatro grandes eventos com a presença do Papa e de mais de um milhão de fiéis. São números grandiosos mesmo para uma cidade acostumada a multidões. É como se o Réveillon de Copacabana se repetisse várias vezes em uma mesma semana. No município do Rio de Janeiro, a terça-feira de trabalho será mais curta. Na quinta e na sexta, é feriado o dia inteiro. Na segunda, dia 29, a cidade ainda para por algumas horas para permitir a saída dos visitantes. Dez mil ônibus devem chegar do Brasil inteiro e dos países vizinhos. A circulação dos veículos fretados estará proibida nas ruas do Rio durante o evento. Eles terão que ser identificados nos postos de credenciamento localizados nas rodovias de acesso à cidade.
Leia ABIN monta rede para monitorar internet
Já quatro aeroportos brasileiros vão receber reforço de funcionários. A previsão é de que circulem 2,5 milhões de passageiros nos próximos dez dias. Incluindo o mais esperado de todos: o Papa Francisco.
Para Lula, protestos não representam rejeição à política
Em coluna escrita para o New York Times, ex-presidente analisa manifestações recentes e diz que o PT precisa de 'profunda renovação'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua análise sobre os protestos recentes ocorridos no País, em sua coluna mensal distribuída pelo jornal New York Times. Em texto publicado nesta terça-feira, 16, Lula discorda da ideia de que as manifestações reflitam uma rejeição à política e acredita que também sejam resultado das políticas sociais e econômicas adotadas pelo País nas décadas recentes. No texto, em inglês, Lula afirma ainda que os protestos vão encorajar as pessoas a participar mais ativamente da política. O ex-presidente procura responder os motivos que levaram os jovens às ruas do Brasil, já que o País vive um bom momento econômico. Para Lula, os protestos foram motivados por pessoas que queriam serviços públicos de melhor qualidade e instituições políticas mais transparentes. O ex-presidente destacou ainda o uso das redes sociais nesse processo e afirmou que os jovens querem ser ouvidos. Para isso, sugere, devem ser pensadas novas formas de participação e as instituições devem usar as novas tecnologias como instrumento de diálogo e não como "mera propaganda". Ao PT, seu partido, Lula recomendou uma "profunda renovação". Segundo ele, é preciso que a sigla recupere a ligação com movimentos sociais e ofereça "novas soluções para novos problemas". Ao final do texto, Lula elogiou a iniciativa da presidente Dilma Rousseff ao sugerir o plebiscito para a reforma política e ao propor um "compromisso nacional" para melhorar a saúde, educação e o transporte público.Fonte: The New York Times
MidiaNINJA - IMPASSE - REITORIA OCUPADA
Foto: Mídia NINJA |
Estudantes
que ocupam a Reitoria da UNESP (Universidade Estadual Paulista Julio de
Mesquita Filho) desde as 12h00 dessa terça-feira decidem pela resistência pacífica e defensiva perante o ultimato de retirada da
Policia Militar.
A PM deu 30 minutos para a evacuação completa do prédio da Reitoria, que fica no centro da cidade de São Paulo - SP.
Acompanhe ao vivo: http://postv.org/A PM deu 30 minutos para a evacuação completa do prédio da Reitoria, que fica no centro da cidade de São Paulo - SP.
PM terá que usar menos gás e balas de borracha
Uso excessivo gerou medida. Secretário diz que agentes foram afastados das atividades
Caio Barbosa
Com o acompanhamento direto de representantes da Presidência da República, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, se reuniu com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, e o corregedor, coronel Waldir Soares, além de representantes da OAB e da Anistia Internacional para discutir o assunto.
Uma das orientações que já foram passadas para os policiais é que usem menos gás de pimenta e lacrimogêneo e balas de borracha nos protestos. “Tiramos desta reunião a necessidade de capacitar os policiais do Choque e dos batalhões que têm participado das manifestações para que eles percebam a importância de agir com respeito à pessoa humana, ao direito de ir e vir, e à propriedade”, disse Zaqueu.
O curso de reciclagem dos policiais será definido em até 30 dias, quando será criado, também, um grupo de trabalho para criar normas e procedimentos específicos para os grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.
“A sociedade vai saber claramente como o policial deverá se comportar nestes eventos que estão por vir”, completou o secretário.
Delegado diz que há ‘fortes indícios’ de que Daniel Barata atirou cinzeiro
O estudante Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, ferido na testa quando participava de um protesto em frente ao Copacabana Palace, onde era realizado o casamento de Beatriz Barata — neta do empresário do setor de transportes Jacob Barata —, na noite de sábado, afirmou que vai entrar com uma ação indenizatória pela agressão sofrida.
Daniel Barata, 18 anos, que é sobrinho de Jacob Barata, é o principal suspeito de atirar um cinzeiro no jovem. Uma pessoa com este nome (Daniel Barata) chegou a postar em rede social que jogou o cinzeiro.
“O Ruan já reconheceu o Daniel como autor por fotos. Vamos chamar o acusado para depor, mas há fortes indícios de que ele tacou o cinzeiro. Se comprovar que ele é o autor, pode responder por lesão corporal dolosa”, afirmou o delegado José William de Medeiros, titular da 12ª DP (Copacabana).
O rapaz que sofreu traumatismo craniano durante confronto entre a PM e manifestantes no protesto da última quinta-feira teve alta nesta segunda-feira da Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde estava internado.
Grande Ato Contra a Impunidade Parlamentar - BRASÍLIA
Dia 25 de Julho! Go go Brasília! às 17h00.
Ponto de partida, Museu Nacional destino: CONGRESSO NACIONAL
Entrem no Evento: https://www.facebook.com/ events/564182843633925/
*Compartilhem mesmo se não puderem ir, faça sua parte ao menos divulgando.
Pautas:
Reforma Política Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção
Ponto de partida, Museu Nacional destino: CONGRESSO NACIONAL
Entrem no Evento: https://www.facebook.com/
*Compartilhem mesmo se não puderem ir, faça sua parte ao menos divulgando.
Pautas:
Reforma Política Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção
Estamos organizando um GRANDE ATO contra a corrupção e a favor de uma reforma politica ampla, democrática e concreta.
No dia 25 de julho vamos nos unir mais uma vez para gritar em alto e bom som nossas indignações e dar um basta definitivo na roubalheira e impunidade que tomou conta de nosso cenário politico.
Nosso foco será voltado para os seguintes pontos.
- Reforma Politica Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção;
* FIQUEM ATENTOS AO TRAJETO DO ATO: NOSSO PONTO DE PARTIDA SERÁ O MUSEU NACIONAL. SAIREMOS EM MARCHA APROXIMADAMENTE ÀS 18:00. NOSSA PRIMEIRA PARADA SERÁ NO PALÁCIO DO BURITI, PASSANDO PELA RODOVIÁRIA. EM SEGUIDA, IREMOS EM MARCHA ATÉ A CAMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (CLDF). DEPOIS CAMINHAREMOS EM DIREÇÃO AO TJDFT. POR FIM, DESCEREMOS PELO MONUMENTAL ATÉ O CONGRESSO NACIONAL.
Sua presença e de seus amigos é muito importante neste Grande Ato Pacifico, para mostrarmos que o poder popular pode mudar o rumo do nosso País!Não precisamos de lideres e sim de multiplicadores, ajudem a divulgar o evento e dar corpo a ele, toda ideia é bem vinda!
Resistir é a nossa razão de existir!
Resistir e acordar os que querem dormir!
Saiba quem são os 25 réus do mensalão que foram condenados pelo STF
http:// noticias.uol.com.br/ politica/listas/ saiba-quais-reus-do-mensala o-ja-foram-condenados-pelo -stf.htm
Aqui você encontra uma lista com os nomes de parlamentares envolvidos em Crimes de Corrupção: http://naovote.com.br/
Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros
https://secure.avaaz.org/ po/petition/ Impeachment_do_Presidente_d o_Senado_Renan_Calheiros/
No dia 25 de julho vamos nos unir mais uma vez para gritar em alto e bom som nossas indignações e dar um basta definitivo na roubalheira e impunidade que tomou conta de nosso cenário politico.
Nosso foco será voltado para os seguintes pontos.
- Reforma Politica Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção;
* FIQUEM ATENTOS AO TRAJETO DO ATO: NOSSO PONTO DE PARTIDA SERÁ O MUSEU NACIONAL. SAIREMOS EM MARCHA APROXIMADAMENTE ÀS 18:00. NOSSA PRIMEIRA PARADA SERÁ NO PALÁCIO DO BURITI, PASSANDO PELA RODOVIÁRIA. EM SEGUIDA, IREMOS EM MARCHA ATÉ A CAMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (CLDF). DEPOIS CAMINHAREMOS EM DIREÇÃO AO TJDFT. POR FIM, DESCEREMOS PELO MONUMENTAL ATÉ O CONGRESSO NACIONAL.
Sua presença e de seus amigos é muito importante neste Grande Ato Pacifico, para mostrarmos que o poder popular pode mudar o rumo do nosso País!Não precisamos de lideres e sim de multiplicadores, ajudem a divulgar o evento e dar corpo a ele, toda ideia é bem vinda!
Resistir é a nossa razão de existir!
Resistir e acordar os que querem dormir!
Saiba quem são os 25 réus do mensalão que foram condenados pelo STF
http://
Aqui você encontra uma lista com os nomes de parlamentares envolvidos em Crimes de Corrupção: http://naovote.com.br/
Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros
https://secure.avaaz.org/
Acampamento União Brasília Público
Movimento Contra Corrupção
Vamos ficar acampados, fazendo revezamento, em frente ao Congresso, até dia 25, que é o dia da manifestação.
Nossa pauta:
Rejeição da PEC 33 (que submete ao Congresso Nacional determinadas decisões do Supremo);
Rejeição do Projeto de Lei do Senado nº 728/2011, que tipifica como crimes determinadas condutas ao longo da Copa das Confederações e da Copa do Mundo;
Recall político;
Estabelecer políticas de fiscalização dos 3 Poderes com participação popular, através da criação de conselhos populares;
Aprovação da PEC 115/2011, que isenta os medicamentos de tributos;
Facilitar o exercício da iniciativa popular de projetos de lei, referendos e plebiscitos, PEC 3/2011.
Aprovar a PEC 130 (fim do foro privilegiado para qualquer autoridade)
Aprovar a PEC 280 (reduz o número de deputados federias de 513 para 250. Uma economia de 43 milhões de reais por mês.)
Revogação da LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013, que tem seu texto semelhante ao da PEC 37.
Saída de Renan Calheiros da presidência do Senado.
Link evento
Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP
A multinacional Siemens denunciou o caso às autoridades brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para escapar de uma punição maior. A Bancada do PT na Assembleia Legislativa já havia denunciado as irregularidades em 2008
A denúncia foi feita às autoridades antitruste brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para escapar de uma punição maior - o caso foi revelado na edição deste domingo (14/7) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Além da Siemens, o esquema envolveria ainda outras multinacionais, como a Alstom (já investigada na Europa por corrupção na América Latina), a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui.
De acordo com as denúncias, o cartel dos fabricantes de equipamentos atuou em seis licitações e o prejuízo total para o governo do Estado ainda não foi totalmente estimado. Segundo a investigação do Cade, o conluio envolveria ainda as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan. Destas, a Tejofran é fortemente ligada ao PSDB e cresceu exponencialmente nos governos de Mário Covas.
Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/
Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e Conectas no CDH da ONU
Violações de direitos, remoções forçadas, pressão por parte da Fifa e COI foram algumas das denúncias feitas pela ANCOP na 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra
Tradução:
Violações ao direito a moradia no contexto dos Mega Eventos no Brasil - Apresentação oral feita na ocasião da apresentação do relatoria do Relatoria Especial pelo direito à Moradia Adequada.
Conselho de Direitos Humanos da ONU – 04/03/2013
Obrigado Senhor Presidente
Conectas, em parceria com a Articulação Nacional dos Comitês Populares
da Copa e Olimpíadas, a Rede Jubileu Sul e a Wittnes gostariam, respeitosamente
de chamar vossa apresentação para os graves problemas sociais, abusos aos direitos
humanos e remoções forçadas de milhares de famílias que ocorrendo no Brasil em
virtude da preparação para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
da Copa e Olimpíadas, a Rede Jubileu Sul e a Wittnes gostariam, respeitosamente
de chamar vossa apresentação para os graves problemas sociais, abusos aos direitos
humanos e remoções forçadas de milhares de famílias que ocorrendo no Brasil em
virtude da preparação para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
A realização destes eventos esportivos no Brasil poderia ter criado a
possibilidade de viabilizar significativos investimentos sociais e na infraestrutura
do Brasil. Infelizmente, estes investimentos têm sido mal planejados, extremamente
custosos [1] e, em virtude das pressões da FIFA e do COI, resultado em enormes
problemas para as comunidades locais. Na verdade, isto parece ser um tema comum
relacionado aos mega eventos e mega projetos: servir ao lucro de uns e causar prejuízo a
milhões.
possibilidade de viabilizar significativos investimentos sociais e na infraestrutura
do Brasil. Infelizmente, estes investimentos têm sido mal planejados, extremamente
custosos [1] e, em virtude das pressões da FIFA e do COI, resultado em enormes
problemas para as comunidades locais. Na verdade, isto parece ser um tema comum
relacionado aos mega eventos e mega projetos: servir ao lucro de uns e causar prejuízo a
milhões.
Dentre outros problemas, não existe política pública para prevenir a exploração
sexual de mulheres e adolescentes, [2], há aumento da restrição ao direito ao trabalho
informal e de pequenos comerciantes [3], a criação de leis especiais que destroem
direitos historicamente adquiridos pela população [4], a construção extremamente
cara de estádios sem utilidade futura resultando em redução de investimento em áreas
cruciais como saúde e educação.
sexual de mulheres e adolescentes, [2], há aumento da restrição ao direito ao trabalho
informal e de pequenos comerciantes [3], a criação de leis especiais que destroem
direitos historicamente adquiridos pela população [4], a construção extremamente
cara de estádios sem utilidade futura resultando em redução de investimento em áreas
cruciais como saúde e educação.
Tem sido noticiado que [6] os dois eventos são responsáveis diretos pelas
remoções forçadas ou ameaça de remoções de mais de 170 mil pessoas. Isto
corresponde a quase 1 em cada 1.000 brasileiros estão ameaçados de perder suas
moradias por conta de jogos que não durarão sequer um mês cada. [7]. Trata-se de
um êxodo forçado, de interesse da especulação imobiliária, que alcança proporções
alarmantes em uma das cinco maiores populações do mundo.
remoções forçadas ou ameaça de remoções de mais de 170 mil pessoas. Isto
corresponde a quase 1 em cada 1.000 brasileiros estão ameaçados de perder suas
moradias por conta de jogos que não durarão sequer um mês cada. [7]. Trata-se de
um êxodo forçado, de interesse da especulação imobiliária, que alcança proporções
alarmantes em uma das cinco maiores populações do mundo.
Delegados
Isto não é novo para este Conselho. A Articulação Nacional dos Comitês
Populares da Copa, já submeteu denúncias para a Relatoria especial e o UPR. Estas
denúncias serviram de bases para:
Populares da Copa, já submeteu denúncias para a Relatoria especial e o UPR. Estas
denúncias serviram de bases para:
a) Resolução 13/2010 sobre Megaeventos e direito a Moradia;
b) Duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial para o Governo do
Brasileiro, sem que este respondesse satisfatoriamente;
c) Recomendações específicas deste conselho ao governo do Brasil durante seu
encontro de maio de 2012.
b) Duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial para o Governo do
Brasileiro, sem que este respondesse satisfatoriamente;
c) Recomendações específicas deste conselho ao governo do Brasil durante seu
encontro de maio de 2012.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das
Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos
direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das
remoções forçadas.
Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos
direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das
remoções forçadas.
Excelências, Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE
IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetas,
crie um Plano Nacional de Reparações às remoções forçadas e um protocolo que
garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega
Projetos, e à Copa do Mundo e Olimpíadas.
IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetas,
crie um Plano Nacional de Reparações às remoções forçadas e um protocolo que
garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega
Projetos, e à Copa do Mundo e Olimpíadas.
Obrigada.
(Denúncia efetuada por Gisele Tanaka, representante do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro e da ANCOP).
Aconteceu nasegunda, 4 de março, a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. A Relatora Especial da ONU sobre Direito à Moradia Adequada, a brasileira Raquel Rolnik, apresentou seu novo relatório, que tem como tema a segurança da posse como componente do direito à moradia. O estudo de Rolnik foi produzido em meio à crise mundial de insegurança da posse, que se manifesta de muitas maneiras e em contextos distintos: despejos forçados, deslocamentos causados por grandes projetos, catástrofes naturais e conflitos relacionados à terra.
Na sessão, Giselle Tanaka, da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), fez uma breve exposição sobre as remoções forçadas no contexto da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A intervenção da ANCOP pede ao Conselho que diga ao governo brasileiro que pare imediatamente as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos. Diante da não resposta do Brasil frente às denúncias apresentadas pela ANCOP e pela Relata Raquel Rolnik, Giselle afirma “esperamos que a comunidade internacional se mobilize e que o Brasil responda aos questionamentos da Relatoria Especial para o Direito à Moradia, tomando medidas efetivas para que nenhuma família tenha que sofrer com a ameaça das remoções forçadas”.
As remoções forçadas têm sido o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e às Olimpíadas. Estima-se que pelo menos 170 mil pessoas estejam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros. A ANCOP já submeteu denúncias para a Relatoria Especial e para a Revisão Periódica Universal da ONU em outras ocasiões, que serviram de base para a Resolução 13/2010 sobre megaeventos e direito à moradia, para duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial da ONU para o governo brasileiro, e gerou recomendações específicas do Conselho da ONU ao Brasil durante seu encontro em maio de 2012.Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa
A ANCOP reúne movimentos sociais, organizações, representantes de comunidades, pesquisadores e outras entidades e pessoas críticas à forma como estão sendo feitas as transformações urbanas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em dezembro de 2011, o grupo lançou o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, que reúne dados e informações sobre impactos de obras e transformações urbanas realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Os Comitês Populares estão nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O site pode ser acessado no endereço http://portalpopulardacopa.org.br/.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das remoções forçadas.
Excelências,
Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações às remoções forçadas e um protocolo que garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega Projetos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Obrigado.
[1] http://clickeaprenda.uol.com.br/porta...
[2] http://copadomundo.uol.com.br/noticia...
[3] http://www.sul21.com.br/jornal/2012/1...
http://www.apublica.org/2012/04/copa-...
[4] http://ultimainstancia.uol.com.br/con...
[5] http://josecruz.blogosfera.uol.com.br...
[6] http://www.portalpopulardacopa.org.br...
[7] http://www.apublica.org/2013/02/franc...
http://www.apublica.org/2012/06/elisa...
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Assange: a América Latina na era das cyberguerras
Espionagem global é ponta de gigantesco
iceberg. Controle dos fluxos de comunicação é nova arma dos Impérios.
Alternativa pode estar no Sul
O que começou como meio para preservar a liberdade individual pode
agora ser usado por Estados menores, para frustrar as ambições dos
maiores.
O cypherpunks[1] originais eram, na maioria, californianos libertaristas.[2] Eu vim de tradição diferente, onde todos nós buscávamos proteger a liberdade individual contra a tirania do Estado. Nossa arma secreta era a criptografia. Já se esqueceu o quanto isso foi subversivo. A criptografia, então, era propriedade exclusiva dos Estados, para uso em suas muitas guerras. Ao escrever nossos próprios programas e distribuí-los o mais amplamente possível, liberamos a criptografia, a democratizamos e a espalhamos pelas fronteiras da nova internet.
A reação contra, sob várias leis “de tráfico de armas”, falhou. A criptografia se difundiu nos browsers da rede e em outros programas que, hoje, as pessoas usam diariamente. Criptografia forte é ferramenta vital na luta contra a opressão pelo Estado. Essa é a mensagem do meu livro Cypherpunks. Mas o movimento para disponibilizar universalmente uma criptografia forte tem de trabalhar para obter mais do que isso. Nosso futuro não está apenas na liberdade para os indivíduos.
Nosso trabalho em WikiLeaks implica compreensão semelhante da dinâmica da ordem internacional e da lógica do império. Durante o período de formação de WikiLeaks, encontramos evidências de pequenos países abusados e dominados por países maiores, ou infiltrados por empresas de fora, forçados agir contra eles próprios. Vimos o desejo popular ao qual não se dava voz e expressão, eleições compradas e vendidas, e países ricos, como o Quênia, assaltados e leiloados por plutocratas em Londres e em New York.
A luta pela autodeterminação latino-americana é importante para muito mais gente do que os que vivem na América Latina, porque mostra ao resto do mundo o que pode ser feito. Mas a independência da América Latina ainda engatinha. Tentativas para subverter a democracia latino-americana ainda acontecem, inclusive recentemente, em Honduras, Haiti, Equador e Venezuela.
Por isso a mensagem dos cypherpunks tem importância especial para os públicos latino-americanos. A vigilância em massa não é só problema para a governança e a democracia – é uma questão geopolítica. Se a população de um país inteiro é vigiada por país estrangeiro, há ameaça contra a soberania. Intervenção após intervenção nos assuntos da democracia na América Latina ensinaram-nos a ser realistas. Sabemos que os velhos poderes ainda explorarão, para benefício deles, qualquer possibilidade de retardar ou suprimir a eclosão da independência latino-americana.
Considere-se a simples geografia. Todos sabem que os recursos em petróleo regem a geopolítica global. O fluxo do petróleo determina quem é dominante, quem é invadido, quem é posto em ostracismo fora da comunidade global. O controle físico sobre um segmento de oleoduto define maior poder geopolítico. Governos que se ponham nessa posição podem obter concessões gigantescas. Num golpe, o Kremlin pode condenar a Europa Oriental e a Alemanha a um inverno sem calefação. E até a possibilidade de Teerã controlar um oleoduto para o leste, até Índia e China, é pretexto para a lógica belicosa de Washington.
Mas o novo grande jogo não é a guerra por oleodutos. É a guerra pelos dutos pelos quais viaja a informação: o controle sobre as vias de cabos de fibras óticas que se espalham pela terra e pelo fundo dos mares. O novo tesouro global é o controle do fluxo gigante de dados que conecta todos os continentes e civilizações, conectando as comunicações de bilhões de pessoas e empresas.
Não é segredo que, na Internet e no telefone, todas as rotas que entram e saem da América Latina passam pelos EUA. A infraestrutura da Internet dirige 99% do tráfego que entra e que sai da América do Sul por linhas de fibras óticas que atravessam fisicamente fronteiras dos EUA. O governo dos EUA não mostrou qualquer escrúpulo quanto a quebrar sua própria lei e plantar escutas clandestinas nessas linhas e espionar os seus próprios cidadãos. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens de todo o continente latino-americano são devoradas por agências de espionagem dos EUA, e armazenadas para sempre em armazéns do tamanho de pequenas cidades. Os fatos geográficos sobre a infraestrutura da Internet, portanto, têm consequências sobre a independência e a soberania da América Latina.
O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latino-americanos protegem seus segredos com maquinário de criptografia. São caixas e programas que “desmontam” as mensagens na origem e as “remontam” no destino. Os governos compram essas máquinas e programas para proteger seus segredos – quase sempre o próprio povo paga (caro) –, porque temem, corretamente, que suas comunicações sejam interceptadas.
Mas as empresas que vendem esses equipamentos e programas caros mantêm laços estreitos com a comunidade de inteligência dos EUA. Seus presidentes e altos executivos são quase sempre matemáticos e engenheiros da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) capitalizando as invenções que eles mesmos criaram para o Estado de Vigilância. Não raras vezes, as máquinas que vendem são quebradas: quebradas propositalmente, por uma razão. Não importa quem as use ou como as usem – as agências dos EUA conseguem “remontar” os sinais e leem as mensagens.
Esse equipamento é vendido para a América Latina e outros países como útil para proteger os segredos do comprador, mas são, de fato, máquinas para roubar aqueles segredos.
Enquanto isso, os EUA aceleram a próxima grande corrida armamentista. A descoberta do vírus Stuxnet vírus – e depois dos vírus Duqu e Flame – marca o início de uma nova era de programas complexos usados como arma, que estados poderosos fabricam para atacar estados mais fracos. A primeira ação agressiva contra o Irã visou a minar os esforços daquele país com vistas a defender sua soberania – ideia que é anátema para os interesses de EUA e de Israel na região.
Longe vai o tempo em que usar vírus de computador como arma de ataque era peripécia de romance de ficção científica. Agora, é realidade global, que se espalha graças ao comportamento leviano do governo de Barack Obama, em violação da lei internacional. Outros estados agora pôr-se-ão na mesma trilha, aumentando a própria capacidade de ataque.
Os EUA não são os únicos culpados. Em anos recentes, a infraestrutura de Internet de países como Uganda tem recebido grandes investimentos chineses. Gordos empréstimos chegam, em troca de contratos africanos para que empresas chinesas construam a espinha dorsal da infraestrutura de Internet ligando escolas, ministérios do governo e comunidades ao sistema global de fibra ótica.
A África vai-se conectando online, mas com máquinas vendidas por potência estrangeira aspirante ao status de superpotência. A Internet africana será o meio pelo qual o continente continuará subjugado no século 21?
Esses são algumas das importantes vias pelas quais a mensagem dos cypherpunks vai além da luta pela liberdade individual. A criptografia pode proteger não só as liberdades civis e os direitos individuais, mas a soberania e a independência de países inteiros, a solidariedade entre grupos que lutem por causa comum, e o projeto da emancipação global. Pode ser usada para enfrentar não só a tirania do estado contra o indivíduo, mas a tirania do império contra estados menores.
O grande trabalho dos cypherpunks ainda está por fazer.
Por Julian Assange
O cypherpunks[1] originais eram, na maioria, californianos libertaristas.[2] Eu vim de tradição diferente, onde todos nós buscávamos proteger a liberdade individual contra a tirania do Estado. Nossa arma secreta era a criptografia. Já se esqueceu o quanto isso foi subversivo. A criptografia, então, era propriedade exclusiva dos Estados, para uso em suas muitas guerras. Ao escrever nossos próprios programas e distribuí-los o mais amplamente possível, liberamos a criptografia, a democratizamos e a espalhamos pelas fronteiras da nova internet.
A reação contra, sob várias leis “de tráfico de armas”, falhou. A criptografia se difundiu nos browsers da rede e em outros programas que, hoje, as pessoas usam diariamente. Criptografia forte é ferramenta vital na luta contra a opressão pelo Estado. Essa é a mensagem do meu livro Cypherpunks. Mas o movimento para disponibilizar universalmente uma criptografia forte tem de trabalhar para obter mais do que isso. Nosso futuro não está apenas na liberdade para os indivíduos.
Nosso trabalho em WikiLeaks implica compreensão semelhante da dinâmica da ordem internacional e da lógica do império. Durante o período de formação de WikiLeaks, encontramos evidências de pequenos países abusados e dominados por países maiores, ou infiltrados por empresas de fora, forçados agir contra eles próprios. Vimos o desejo popular ao qual não se dava voz e expressão, eleições compradas e vendidas, e países ricos, como o Quênia, assaltados e leiloados por plutocratas em Londres e em New York.
A luta pela autodeterminação latino-americana é importante para muito mais gente do que os que vivem na América Latina, porque mostra ao resto do mundo o que pode ser feito. Mas a independência da América Latina ainda engatinha. Tentativas para subverter a democracia latino-americana ainda acontecem, inclusive recentemente, em Honduras, Haiti, Equador e Venezuela.
Por isso a mensagem dos cypherpunks tem importância especial para os públicos latino-americanos. A vigilância em massa não é só problema para a governança e a democracia – é uma questão geopolítica. Se a população de um país inteiro é vigiada por país estrangeiro, há ameaça contra a soberania. Intervenção após intervenção nos assuntos da democracia na América Latina ensinaram-nos a ser realistas. Sabemos que os velhos poderes ainda explorarão, para benefício deles, qualquer possibilidade de retardar ou suprimir a eclosão da independência latino-americana.
Considere-se a simples geografia. Todos sabem que os recursos em petróleo regem a geopolítica global. O fluxo do petróleo determina quem é dominante, quem é invadido, quem é posto em ostracismo fora da comunidade global. O controle físico sobre um segmento de oleoduto define maior poder geopolítico. Governos que se ponham nessa posição podem obter concessões gigantescas. Num golpe, o Kremlin pode condenar a Europa Oriental e a Alemanha a um inverno sem calefação. E até a possibilidade de Teerã controlar um oleoduto para o leste, até Índia e China, é pretexto para a lógica belicosa de Washington.
Mas o novo grande jogo não é a guerra por oleodutos. É a guerra pelos dutos pelos quais viaja a informação: o controle sobre as vias de cabos de fibras óticas que se espalham pela terra e pelo fundo dos mares. O novo tesouro global é o controle do fluxo gigante de dados que conecta todos os continentes e civilizações, conectando as comunicações de bilhões de pessoas e empresas.
Não é segredo que, na Internet e no telefone, todas as rotas que entram e saem da América Latina passam pelos EUA. A infraestrutura da Internet dirige 99% do tráfego que entra e que sai da América do Sul por linhas de fibras óticas que atravessam fisicamente fronteiras dos EUA. O governo dos EUA não mostrou qualquer escrúpulo quanto a quebrar sua própria lei e plantar escutas clandestinas nessas linhas e espionar os seus próprios cidadãos. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens de todo o continente latino-americano são devoradas por agências de espionagem dos EUA, e armazenadas para sempre em armazéns do tamanho de pequenas cidades. Os fatos geográficos sobre a infraestrutura da Internet, portanto, têm consequências sobre a independência e a soberania da América Latina.
O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latino-americanos protegem seus segredos com maquinário de criptografia. São caixas e programas que “desmontam” as mensagens na origem e as “remontam” no destino. Os governos compram essas máquinas e programas para proteger seus segredos – quase sempre o próprio povo paga (caro) –, porque temem, corretamente, que suas comunicações sejam interceptadas.
Mas as empresas que vendem esses equipamentos e programas caros mantêm laços estreitos com a comunidade de inteligência dos EUA. Seus presidentes e altos executivos são quase sempre matemáticos e engenheiros da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) capitalizando as invenções que eles mesmos criaram para o Estado de Vigilância. Não raras vezes, as máquinas que vendem são quebradas: quebradas propositalmente, por uma razão. Não importa quem as use ou como as usem – as agências dos EUA conseguem “remontar” os sinais e leem as mensagens.
Esse equipamento é vendido para a América Latina e outros países como útil para proteger os segredos do comprador, mas são, de fato, máquinas para roubar aqueles segredos.
Enquanto isso, os EUA aceleram a próxima grande corrida armamentista. A descoberta do vírus Stuxnet vírus – e depois dos vírus Duqu e Flame – marca o início de uma nova era de programas complexos usados como arma, que estados poderosos fabricam para atacar estados mais fracos. A primeira ação agressiva contra o Irã visou a minar os esforços daquele país com vistas a defender sua soberania – ideia que é anátema para os interesses de EUA e de Israel na região.
Longe vai o tempo em que usar vírus de computador como arma de ataque era peripécia de romance de ficção científica. Agora, é realidade global, que se espalha graças ao comportamento leviano do governo de Barack Obama, em violação da lei internacional. Outros estados agora pôr-se-ão na mesma trilha, aumentando a própria capacidade de ataque.
Os EUA não são os únicos culpados. Em anos recentes, a infraestrutura de Internet de países como Uganda tem recebido grandes investimentos chineses. Gordos empréstimos chegam, em troca de contratos africanos para que empresas chinesas construam a espinha dorsal da infraestrutura de Internet ligando escolas, ministérios do governo e comunidades ao sistema global de fibra ótica.
A África vai-se conectando online, mas com máquinas vendidas por potência estrangeira aspirante ao status de superpotência. A Internet africana será o meio pelo qual o continente continuará subjugado no século 21?
Esses são algumas das importantes vias pelas quais a mensagem dos cypherpunks vai além da luta pela liberdade individual. A criptografia pode proteger não só as liberdades civis e os direitos individuais, mas a soberania e a independência de países inteiros, a solidariedade entre grupos que lutem por causa comum, e o projeto da emancipação global. Pode ser usada para enfrentar não só a tirania do estado contra o indivíduo, mas a tirania do império contra estados menores.
O grande trabalho dos cypherpunks ainda está por fazer.
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