Imagens de manifestação no Rio. Imagem: Marcelo Piu/Agência O Globo |
Igor Pouchain
Matela e Carla Hirt foram presos na madrugada de 18 de julho no Leblon,
durante uma das manifestações em que mais intensos foram os atos de
violência.
Carla foi
detida no momento em que, segundo a polícia, atirava pedras na vidraça
de uma loja e Igor por ter desacatado os policiais que a prenderam.
Segundo os policiais de plantão, ambos se identificaram como agentes da
Abin - Agência Brasileira de Inteligência, órgão do Governo destinado a
"serviços secretos". No momento, suspeita-se que atuavam como agentes
infiltrados nos protestos.
A Abin negou ter agentes infiltrados nos movimentos sociais, garantindo "desconhecer a prisão ou a autuação de servidor de seu quadro em 18 de julho ou nos dias subsequentes na cidade do Rio", além de ressaltar que "o sigilo dos nomes dos integrantes da Abin é garantido pela lei 9.883, de dezembro de 1999, sendo, portanto, vedada a sua publicação, inclusive em atos oficias.
O
nome de Igor consta do Diário Oficial da União em emissão em 2008, no
qual aparece como nomeado para atuar junto ao Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da Republica, órgão ao qual a Abin está
subordinada.
Há
mais denuncias, ademais, de agentes da policia civil e militares
infiltrados nos movimentos sociais, tanto incitando quanto praticando
atos de violência e vandalismo.
O caso está
sendo investigado pela CEIV - Comissão Especial de Investigação de Atos
de Vandalismo - e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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