Anonymous São Carlos

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lutamos todos por um mundo melhor, juntos podemos e com um simples ato podemos mudar a vida de muitos.


Vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba-PR, inspirado no vídeo das crianças do Seattle Children's Hospital.
Esta filmagem foi realizada por super-heróis se doaram por meio alegria, sonhos, esperança e fé - por um mundo repleto de amor.
Seja um doador de medula óssea, compartilhe esta ideia!
"A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla". (David Hume)
Filmagem e edição: Voluntários Felipe Torres Gonçalves e Vicente Filizola

SAIBA COMO SE TORNAR UM DOADOR DE MEDULA ÓSSEA AQUI:  http://www.hnsg.org.br/cuidadosposalta/dicas_detalhes.html?id=58#!key=doe-medula

Lutamos todos por um mundo melhor, juntos podemos e com um simples ato podemos mudar a vida de muitos.

Abin vai monitorar segurança no Rio de Janeiro durante JMJ

A Agência Brasileira de Inteligência considera a possibilidade de haver manifestações como uma ameaça ao evento.

O Rio preparou um esquema maior do que o de um Réveillon para a Jornada Mundial da Juventude que começa na semana que vem. Hoje, a Agência Brasileira de Inteligência considera a possibilidade de haver manifestações como uma ameaça ao evento. Em Brasília, a Agência Brasileira de Inteligência monitora os riscos para a Jornada. Nos painéis da Abin, em vermelho, o alerta para os grupos de pressão, possíveis protestos, como os que tem ocorrido desde o mês passado pelo país.
“Temos que encarar com total naturalidade. E, claro, olhar, acompanhar para evitar que aquelas manifestações tenham uma repercussão a ponto de prejudicar o grande evento”, comentou José Elito Siqueira, ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o Papa não tem ligação com as reivindicações dos manifestantes. “Se alguém quiser reclamar de questões afeitas ao prefeito, governador, presidenta da República, ao Parlamento brasileiro, não me parece o Papa Francisco a pessoa mais adequada para ouvir essa manifestação”, declarou Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.
São mais de 300 mil peregrinos inscritos e 800 mil visitantes esperados. Quatro grandes eventos com a presença do Papa e de mais de um milhão de fiéis. São números grandiosos mesmo para uma cidade acostumada a multidões. É como se o Réveillon de Copacabana se repetisse várias vezes em uma mesma semana. No município do Rio de Janeiro, a terça-feira de trabalho será mais curta. Na quinta e na sexta, é feriado o dia inteiro. Na segunda, dia 29, a cidade ainda para por algumas horas para permitir a saída dos visitantes. Dez mil ônibus devem chegar do Brasil inteiro e dos países vizinhos. A circulação dos veículos fretados estará proibida nas ruas do Rio durante o evento. Eles terão que ser identificados nos postos de credenciamento localizados nas rodovias de acesso à cidade.
Leia ABIN monta rede para monitorar internet
Já quatro aeroportos brasileiros vão receber reforço de funcionários. A previsão é de que circulem 2,5 milhões de passageiros nos próximos dez dias. Incluindo o mais esperado de todos: o Papa Francisco.

Para Lula, protestos não representam rejeição à política

Em coluna escrita para o New York Times, ex-presidente analisa manifestações recentes e diz que o PT precisa de 'profunda renovação'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua análise sobre os protestos recentes ocorridos no País, em sua coluna mensal distribuída pelo jornal New York Times. Em texto publicado nesta terça-feira, 16, Lula discorda da ideia de que as manifestações reflitam uma rejeição à política e acredita que também sejam resultado das políticas sociais e econômicas adotadas pelo País nas décadas recentes. No texto, em inglês, Lula afirma ainda que os protestos vão encorajar as pessoas a participar mais ativamente da política. O ex-presidente procura responder os motivos que levaram os jovens às ruas do Brasil, já que o País vive um bom momento econômico. Para Lula, os protestos foram motivados por pessoas que queriam serviços públicos de melhor qualidade e instituições políticas mais transparentes. O ex-presidente destacou ainda o uso das redes sociais nesse processo e afirmou que os jovens querem ser ouvidos. Para isso, sugere, devem ser pensadas novas formas de participação e as instituições devem usar as novas tecnologias como instrumento de diálogo e não como "mera propaganda". Ao PT, seu partido, Lula recomendou uma "profunda renovação". Segundo ele, é preciso que a sigla recupere a ligação com movimentos sociais e ofereça "novas soluções para novos problemas". Ao final do texto, Lula elogiou a iniciativa da presidente Dilma Rousseff ao sugerir o plebiscito para a reforma política e ao propor um "compromisso nacional" para melhorar a saúde, educação e o transporte público.

Fonte: The New York Times

MidiaNINJA - IMPASSE - REITORIA OCUPADA


Foto: IMPASSE - REITORIA DA UNESP OCUPADA

Mais de cem estudantes da UNESP (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) ocupam a Reitoria da Universidade nesse momento no Centro de São Paulo. O grupo decide em Assembleia Extraordinária qual será o posicionamento com a Polícia Militar, que exigiu a retirada completa dos estudantes nos próximos 30 minutos.

Acompanhe ao vivo: http://postv.org/
Foto: Mídia NINJA
Foto: Mídia NINJA

Estudantes que ocupam a Reitoria da UNESP (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) desde as 12h00 dessa terça-feira decidem pela resistência pacífica e defensiva perante o ultimato de retirada da Policia Militar.

A PM deu 30 minutos para a evacuação completa do prédio da Reitoria, que fica no centro da cidade de São Paulo - SP.
Acompanhe ao vivo: http://postv.org/

PM terá que usar menos gás e balas de borracha

Uso excessivo gerou medida. Secretário diz que agentes foram afastados das atividades

Caio Barbosa
Rio - A truculência da Polícia Militar e os excessos cometidos em manifestações, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e perseguição de manifestantes por policiais com rosto coberto e sem identificação na farda, estão na pauta do dia da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.
Com o acompanhamento direto de representantes da Presidência da República, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, se reuniu com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, e o corregedor, coronel Waldir Soares, além de representantes da OAB e da Anistia Internacional para discutir o assunto.

Uma das orientações que já foram passadas para os policiais é que usem menos gás de pimenta e lacrimogêneo e balas de borracha nos protestos. “Tiramos desta reunião a necessidade de capacitar os policiais do Choque e dos batalhões que têm participado das manifestações para que eles percebam a importância de agir com respeito à pessoa humana, ao direito de ir e vir, e à propriedade”, disse Zaqueu.

Policial faz disparo de bomba de gás: excessos estão sendo investigados
Foto:  João Laet / Agência O Dia
 Segundo secretário, a PM se comprometeu a punir com rigor os excessos. Para isso, pediu aos manifestantes que denunciem os abusos. “O nome do policial tem que estar visível. É obrigatório. E o comandante nos garantiu que os policiais que foram flagrados cometendo abusos já estão afastados das atividades”, prosseguiu Zaqueu Teixeira, sem identificar ou dizer quantos agentes foram punidos.
O curso de reciclagem dos policiais será definido em até 30 dias, quando será criado, também, um grupo de trabalho para criar normas e procedimentos específicos para os grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

“A sociedade vai saber claramente como o policial deverá se comportar nestes eventos que estão por vir”, completou o secretário.
Delegado diz que há ‘fortes indícios’ de que Daniel Barata atirou cinzeiro

O estudante Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, ferido na testa quando participava de um protesto em frente ao Copacabana Palace, onde era realizado o casamento de Beatriz Barata — neta do empresário do setor de transportes Jacob Barata —, na noite de sábado, afirmou que vai entrar com uma ação indenizatória pela agressão sofrida.

Daniel Barata, 18 anos, que é sobrinho de Jacob Barata, é o principal suspeito de atirar um cinzeiro no jovem. Uma pessoa com este nome (Daniel Barata) chegou a postar em rede social que jogou o cinzeiro.

“O Ruan já reconheceu o Daniel como autor por fotos. Vamos chamar o acusado para depor, mas há fortes indícios de que ele tacou o cinzeiro. Se comprovar que ele é o autor, pode responder por lesão corporal dolosa”, afirmou o delegado José William de Medeiros, titular da 12ª DP (Copacabana).

O rapaz que sofreu traumatismo craniano durante confronto entre a PM e manifestantes no protesto da última quinta-feira teve alta nesta segunda-feira da Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde estava internado.

Grande Ato Contra a Impunidade Parlamentar - BRASÍLIA




Dia 25 de Julho! Go go Brasília! às 17h00.
Ponto de partida, Museu Nacional destino: CONGRESSO NACIONAL
Entrem no Evento: https://www.facebook.com/events/564182843633925/

*Compartilhem mesmo se não puderem ir, faça sua parte ao menos divulgando.

Pautas:
Reforma Política Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção
Estamos organizando um GRANDE ATO contra a corrupção e a favor de uma reforma politica ampla, democrática e concreta.
No dia 25 de julho vamos nos unir mais uma vez para gritar em alto e bom som nossas indignações e dar um basta definitivo na roubalheira e impunidade que tomou conta de nosso cenário politico.
Nosso foco será voltado para os seguintes pontos.
- Reforma Politica Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção;

* FIQUEM ATENTOS AO TRAJETO DO ATO: NOSSO PONTO DE PARTIDA SERÁ O MUSEU NACIONAL. SAIREMOS EM MARCHA APROXIMADAMENTE ÀS 18:00. NOSSA PRIMEIRA PARADA SERÁ NO PALÁCIO DO BURITI, PASSANDO PELA RODOVIÁRIA. EM SEGUIDA, IREMOS EM MARCHA ATÉ A CAMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (CLDF). DEPOIS CAMINHAREMOS EM DIREÇÃO AO TJDFT. POR FIM, DESCEREMOS PELO MONUMENTAL ATÉ O CONGRESSO NACIONAL.

Sua presença e de seus amigos é muito importante neste Grande Ato Pacifico, para mostrarmos que o poder popular pode mudar o rumo do nosso País!Não precisamos de lideres e sim de multiplicadores, ajudem a divulgar o evento e dar corpo a ele, toda ideia é bem vinda!

Resistir é a nossa razão de existir!
Resistir e acordar os que querem dormir!

Saiba quem são os 25 réus do mensalão que foram condenados pelo STF
http://noticias.uol.com.br/politica/listas/saiba-quais-reus-do-mensalao-ja-foram-condenados-pelo-stf.htm

Aqui você encontra uma lista com os nomes de parlamentares envolvidos em Crimes de Corrupção: http://naovote.com.br/

Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros
https://secure.avaaz.org/po/petition/Impeachment_do_Presidente_do_Senado_Renan_Calheiros/

Acampamento União Brasília Público



 Movimento Contra Corrupção



 
Vamos ficar acampados, fazendo revezamento, em frente ao Congresso, até dia 25, que é o dia da manifestação.
Nossa pauta:
Rejeição da PEC 33 (que submete ao Congresso Nacional determinadas decisões do Supremo);
Rejeição do Projeto de Lei do Senado nº 728/2011, que tipifica como crimes determinadas condutas ao longo da Copa das Confederações e da Copa do Mundo;
Recall político;
Estabelecer políticas de fiscalização dos 3 Poderes com participação popular, através da criação de conselhos populares;
Aprovação da PEC 115/2011, que isenta os medicamentos de tributos;
Facilitar o exercício da iniciativa popular de projetos de lei, referendos e plebiscitos, PEC 3/2011.
Aprovar a PEC 130 (fim do foro privilegiado para qualquer autoridade)
Aprovar a PEC 280 (reduz o número de deputados federias de 513 para 250. Uma economia de 43 milhões de reais por mês.)
Revogação da LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013, que tem seu texto semelhante ao da PEC 37.
Saída de Renan Calheiros da presidência do Senado. 


Link evento

Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP



A multinacional Siemens denunciou o caso às autoridades brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para escapar de uma punição maior. A Bancada do PT na Assembleia Legislativa já havia denunciado as irregularidades em 2008

A denúncia foi feita às autoridades antitruste brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para escapar de uma punição maior - o caso foi revelado na edição deste domingo (14/7) pelo jornal Folha de S. Paulo.

Além da Siemens, o esquema envolveria ainda outras multinacionais, como a Alstom (já investigada na Europa por corrupção na América Latina), a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui.

De acordo com as denúncias, o cartel dos fabricantes de equipamentos atuou em seis licitações e o prejuízo total para o governo do Estado ainda não foi totalmente estimado. Segundo a investigação do Cade, o conluio envolveria ainda as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan. Destas, a Tejofran é fortemente ligada ao PSDB e cresceu exponencialmente nos governos de Mário Covas.

Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1310864-empresa-alema-siemens-delata-cartel-em-licitacoes-do-metro-de-sp.shtml

Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e Conectas no CDH da ONU


Remoções Forçadas para a Copa são denunciadas no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Violações de direitos, remoções forçadas, pressão por parte da Fifa e COI foram algumas das denúncias feitas pela ANCOP na 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra
Tradução:
Violações ao direito a moradia no contexto dos Mega Eventos no Brasil - Apresentação oral feita na ocasião da apresentação do relatoria do Relatoria Especial pelo direito à Moradia Adequada.
Conselho de Direitos Humanos da ONU – 04/03/2013
Obrigado Senhor Presidente
Conectas, em parceria com a Articulação Nacional dos Comitês Populares
da Copa e Olimpíadas, a Rede Jubileu Sul e a Wittnes gostariam, respeitosamente
de chamar vossa apresentação para os graves problemas sociais, abusos aos direitos
humanos e remoções forçadas de milhares de famílias que ocorrendo no Brasil em
virtude da preparação para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
A realização destes eventos esportivos no Brasil poderia ter criado a
possibilidade de viabilizar significativos investimentos sociais e na infraestrutura
do Brasil. Infelizmente, estes investimentos têm sido mal planejados, extremamente
custosos [1] e, em virtude das pressões da FIFA e do COI, resultado em enormes
problemas para as comunidades locais. Na verdade, isto parece ser um tema comum
relacionado aos mega eventos e mega projetos: servir ao lucro de uns e causar prejuízo a
milhões.
Dentre outros problemas, não existe política pública para prevenir a exploração
sexual de mulheres e adolescentes, [2], há aumento da restrição ao direito ao trabalho
informal e de pequenos comerciantes [3], a criação de leis especiais que destroem
direitos historicamente adquiridos pela população [4], a construção extremamente
cara de estádios sem utilidade futura resultando em redução de investimento em áreas
cruciais como saúde e educação.
Tem sido noticiado que [6] os dois eventos são responsáveis diretos pelas
remoções forçadas ou ameaça de remoções de mais de 170 mil pessoas. Isto
corresponde a quase 1 em cada 1.000 brasileiros estão ameaçados de perder suas
moradias por conta de jogos que não durarão sequer um mês cada. [7]. Trata-se de
um êxodo forçado, de interesse da especulação imobiliária, que alcança proporções
alarmantes em uma das cinco maiores populações do mundo.
Delegados
Isto não é novo para este Conselho. A Articulação Nacional dos Comitês
Populares da Copa, já submeteu denúncias para a Relatoria especial e o UPR. Estas
denúncias serviram de bases para:
a) Resolução 13/2010 sobre Megaeventos e direito a Moradia;
b) Duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial para o Governo do
Brasileiro, sem que este respondesse satisfatoriamente;
c) Recomendações específicas deste conselho ao governo do Brasil durante seu
encontro de maio de 2012.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das
Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos
direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das
remoções forçadas.
Excelências, Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE
IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetas,
crie um Plano Nacional de Reparações às remoções forçadas e um protocolo que
garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega
Projetos, e à Copa do Mundo e Olimpíadas.
Obrigada.
(Denúncia efetuada por Gisele Tanaka, representante do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro e da ANCOP).

Aconteceu nasegunda, 4 de março, a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. A Relatora Especial da ONU sobre Direito à Moradia Adequada, a brasileira Raquel Rolnik, apresentou seu novo relatório, que tem como tema a segurança da posse como componente do direito à moradia. O estudo de Rolnik foi produzido em meio à crise mundial de insegurança da posse, que se manifesta de muitas maneiras e em contextos distintos: despejos forçados, deslocamentos causados por grandes projetos, catástrofes naturais e conflitos relacionados à terra.
Na sessão, Giselle Tanaka, da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), fez uma breve exposição sobre as remoções forçadas no contexto da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A intervenção da ANCOP pede ao Conselho que diga ao governo brasileiro que pare imediatamente as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos. Diante da não resposta do Brasil frente às denúncias apresentadas pela ANCOP e pela Relata Raquel Rolnik, Giselle afirma “esperamos que a comunidade internacional se mobilize e que o Brasil responda aos questionamentos da Relatoria Especial para o Direito à Moradia, tomando medidas efetivas para que nenhuma família tenha que sofrer com a ameaça das remoções forçadas”.
As remoções forçadas têm sido o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e às Olimpíadas. Estima-se que pelo menos 170 mil pessoas estejam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros. A ANCOP já submeteu denúncias para a Relatoria Especial e para a Revisão Periódica Universal da ONU em outras ocasiões, que serviram de base para a Resolução 13/2010 sobre megaeventos e direito à moradia, para duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial da ONU para o governo brasileiro, e gerou recomendações específicas do Conselho da ONU ao Brasil durante seu encontro em maio de 2012.
Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa
A ANCOP reúne movimentos sociais, organizações, representantes de comunidades, pesquisadores e outras entidades e pessoas críticas à forma como estão sendo feitas as transformações urbanas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em dezembro de 2011, o grupo lançou o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, que reúne dados e informações sobre impactos de obras e transformações urbanas realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Os Comitês Populares estão nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O site pode ser acessado no endereço http://portalpopulardacopa.org.br/.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das remoções forçadas.

Excelências,

Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações às remoções forçadas e um protocolo que garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega Projetos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Obrigado.

[1] http://clickeaprenda.uol.com.br/porta...
[2] http://copadomundo.uol.com.br/noticia...
[3] http://www.sul21.com.br/jornal/2012/1...
http://www.apublica.org/2012/04/copa-...
[4] http://ultimainstancia.uol.com.br/con...
[5] http://josecruz.blogosfera.uol.com.br...
[6] http://www.portalpopulardacopa.org.br...
[7] http://www.apublica.org/2013/02/franc...
http://www.apublica.org/2012/06/elisa...
For more information: +55 21 69224849 articulacaonacionalcopa@gmail.com

Assange: a América Latina na era das cyberguerras

Espionagem global é ponta de gigantesco iceberg. Controle dos fluxos de comunicação é nova arma dos Impérios. Alternativa pode estar no Sul


Assange: a América Latina na era das cyberguerras
 Por Julian Assange
 
O que começou como meio para preservar a liberdade individual pode agora ser usado por Estados menores, para frustrar as ambições dos maiores.
O cypherpunks[1] originais eram, na maioria, californianos libertaristas.[2]  Eu vim de tradição diferente, onde todos nós buscávamos proteger a liberdade individual contra a tirania do Estado. Nossa arma secreta era a criptografia. Já se esqueceu o quanto isso foi subversivo. A criptografia, então, era propriedade exclusiva dos Estados, para uso em suas muitas guerras. Ao escrever nossos próprios programas e distribuí-los o mais amplamente possível, liberamos a criptografia, a democratizamos e a espalhamos pelas fronteiras da nova internet.
A reação contra, sob várias leis “de tráfico de armas”, falhou. A criptografia se difundiu nos browsers da rede e em outros programas que, hoje, as pessoas usam diariamente. Criptografia forte é ferramenta vital na luta contra a opressão pelo Estado. Essa é a mensagem do meu livro Cypherpunks. Mas o movimento para disponibilizar universalmente uma criptografia forte tem de trabalhar para obter mais do que isso. Nosso futuro não está apenas na liberdade para os indivíduos.
Nosso trabalho em WikiLeaks implica compreensão semelhante da dinâmica da ordem internacional e da lógica do império. Durante o período de formação de WikiLeaks, encontramos evidências de pequenos países abusados e dominados por países maiores, ou infiltrados por empresas de fora, forçados agir contra eles próprios. Vimos o desejo popular ao qual não se dava voz e expressão, eleições compradas e vendidas, e países ricos, como o Quênia, assaltados e leiloados por plutocratas em Londres e em New York.
A luta pela autodeterminação latino-americana é importante para muito mais gente do que os que vivem na América Latina, porque mostra ao resto do mundo o que pode ser feito. Mas a independência da América Latina ainda engatinha. Tentativas para subverter a democracia latino-americana ainda acontecem, inclusive recentemente, em Honduras, Haiti, Equador e Venezuela.
Por isso a mensagem dos cypherpunks tem importância especial para os públicos latino-americanos. A vigilância em massa não é só problema para a governança e a democracia – é uma questão geopolítica. Se a população de um país inteiro é vigiada por país estrangeiro, há ameaça contra a soberania. Intervenção após intervenção nos assuntos da democracia na América Latina ensinaram-nos a ser realistas. Sabemos que os velhos poderes ainda explorarão, para benefício deles, qualquer possibilidade de retardar ou suprimir a eclosão da independência latino-americana.
Considere-se a simples geografia. Todos sabem que os recursos em petróleo regem a geopolítica global. O fluxo do petróleo determina quem é dominante, quem é invadido, quem é posto em ostracismo fora da comunidade global. O controle físico sobre um segmento de oleoduto define maior poder geopolítico. Governos que se ponham nessa posição podem obter concessões gigantescas. Num golpe, o Kremlin pode condenar a Europa Oriental e a Alemanha a um inverno sem calefação. E até a possibilidade de Teerã controlar um oleoduto para o leste, até Índia e China, é pretexto para a lógica belicosa de Washington.
Mas o novo grande jogo não é a guerra por oleodutos. É a guerra pelos dutos pelos quais viaja a informação: o controle sobre as vias de cabos de fibras óticas que se espalham pela terra e pelo fundo dos mares. O novo tesouro global é o controle do fluxo gigante de dados que conecta todos os continentes e civilizações, conectando as comunicações de bilhões de pessoas e empresas.
Não é segredo que, na Internet e no telefone, todas as rotas que entram e saem da América Latina passam pelos EUA. A infraestrutura da Internet dirige 99%  do tráfego que entra e que sai da América do Sul por linhas de fibras óticas que atravessam fisicamente fronteiras dos EUA. O governo dos EUA não mostrou qualquer escrúpulo quanto a quebrar sua própria lei e plantar escutas clandestinas nessas linhas e espionar os seus próprios cidadãos. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens de todo o continente latino-americano são devoradas por agências de espionagem dos EUA, e armazenadas para sempre em armazéns do tamanho de pequenas cidades. Os fatos geográficos sobre a infraestrutura da Internet, portanto, têm consequências sobre a independência e a soberania da América Latina.
O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latino-americanos protegem seus segredos com maquinário de criptografia. São caixas e programas que “desmontam” as mensagens na origem e as “remontam” no destino. Os governos compram essas máquinas e programas para proteger seus segredos – quase sempre o próprio povo paga (caro) –, porque temem, corretamente, que suas comunicações sejam interceptadas.
Mas as empresas que vendem esses equipamentos e programas caros mantêm laços estreitos com a comunidade de inteligência dos EUA. Seus presidentes e altos executivos são quase sempre matemáticos e engenheiros da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) capitalizando as invenções que eles mesmos criaram para o Estado de Vigilância. Não raras vezes, as máquinas que vendem são quebradas: quebradas propositalmente, por uma razão. Não importa quem as use ou como as usem – as agências dos EUA conseguem “remontar” os sinais e leem as mensagens.
Esse equipamento é vendido para a América Latina e outros países como útil para proteger os segredos do comprador, mas são, de fato, máquinas para roubar aqueles segredos.
Enquanto isso, os EUA aceleram a próxima grande corrida armamentista. A descoberta do vírus Stuxnet vírus – e depois dos vírus Duqu e Flame – marca o início de uma nova era de programas complexos usados como arma, que estados poderosos fabricam para atacar estados mais fracos. A primeira ação agressiva contra o Irã visou a minar os esforços daquele país com vistas a defender sua soberania – ideia que é anátema para os interesses de EUA e de Israel na região.
Longe vai o tempo em que usar vírus de computador como arma de ataque era peripécia de romance de ficção científica. Agora, é realidade global, que se espalha graças ao comportamento leviano do governo de Barack Obama, em violação da lei internacional. Outros estados agora pôr-se-ão na mesma trilha, aumentando a própria capacidade de ataque.
Os EUA não são os únicos culpados. Em anos recentes, a infraestrutura de Internet de países como Uganda tem recebido grandes investimentos chineses. Gordos empréstimos chegam, em troca de contratos africanos para que empresas chinesas construam a espinha dorsal da infraestrutura de Internet ligando escolas, ministérios do governo e comunidades ao sistema global de fibra ótica.
A África vai-se conectando online, mas com máquinas vendidas por potência estrangeira aspirante ao status de superpotência. A Internet africana será o meio pelo qual o continente continuará subjugado no século 21?
Esses são algumas das importantes vias pelas quais a mensagem dos cypherpunks vai além da luta pela liberdade individual. A criptografia pode proteger não só as liberdades civis e os direitos individuais, mas a soberania e a independência de países inteiros, a solidariedade entre grupos que lutem por causa comum, e o projeto da emancipação global. Pode ser usada para enfrentar não só a tirania do estado contra o indivíduo, mas a tirania do império contra estados menores.
O grande trabalho dos cypherpunks ainda está por fazer.