Anonymous São Carlos

quarta-feira, 17 de julho de 2013

PM terá que usar menos gás e balas de borracha

Uso excessivo gerou medida. Secretário diz que agentes foram afastados das atividades

Caio Barbosa
Rio - A truculência da Polícia Militar e os excessos cometidos em manifestações, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e perseguição de manifestantes por policiais com rosto coberto e sem identificação na farda, estão na pauta do dia da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.
Com o acompanhamento direto de representantes da Presidência da República, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, se reuniu com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, e o corregedor, coronel Waldir Soares, além de representantes da OAB e da Anistia Internacional para discutir o assunto.

Uma das orientações que já foram passadas para os policiais é que usem menos gás de pimenta e lacrimogêneo e balas de borracha nos protestos. “Tiramos desta reunião a necessidade de capacitar os policiais do Choque e dos batalhões que têm participado das manifestações para que eles percebam a importância de agir com respeito à pessoa humana, ao direito de ir e vir, e à propriedade”, disse Zaqueu.

Policial faz disparo de bomba de gás: excessos estão sendo investigados
Foto:  João Laet / Agência O Dia
 Segundo secretário, a PM se comprometeu a punir com rigor os excessos. Para isso, pediu aos manifestantes que denunciem os abusos. “O nome do policial tem que estar visível. É obrigatório. E o comandante nos garantiu que os policiais que foram flagrados cometendo abusos já estão afastados das atividades”, prosseguiu Zaqueu Teixeira, sem identificar ou dizer quantos agentes foram punidos.
O curso de reciclagem dos policiais será definido em até 30 dias, quando será criado, também, um grupo de trabalho para criar normas e procedimentos específicos para os grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

“A sociedade vai saber claramente como o policial deverá se comportar nestes eventos que estão por vir”, completou o secretário.
Delegado diz que há ‘fortes indícios’ de que Daniel Barata atirou cinzeiro

O estudante Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, ferido na testa quando participava de um protesto em frente ao Copacabana Palace, onde era realizado o casamento de Beatriz Barata — neta do empresário do setor de transportes Jacob Barata —, na noite de sábado, afirmou que vai entrar com uma ação indenizatória pela agressão sofrida.

Daniel Barata, 18 anos, que é sobrinho de Jacob Barata, é o principal suspeito de atirar um cinzeiro no jovem. Uma pessoa com este nome (Daniel Barata) chegou a postar em rede social que jogou o cinzeiro.

“O Ruan já reconheceu o Daniel como autor por fotos. Vamos chamar o acusado para depor, mas há fortes indícios de que ele tacou o cinzeiro. Se comprovar que ele é o autor, pode responder por lesão corporal dolosa”, afirmou o delegado José William de Medeiros, titular da 12ª DP (Copacabana).

O rapaz que sofreu traumatismo craniano durante confronto entre a PM e manifestantes no protesto da última quinta-feira teve alta nesta segunda-feira da Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde estava internado.

Grande Ato Contra a Impunidade Parlamentar - BRASÍLIA




Dia 25 de Julho! Go go Brasília! às 17h00.
Ponto de partida, Museu Nacional destino: CONGRESSO NACIONAL
Entrem no Evento: https://www.facebook.com/events/564182843633925/

*Compartilhem mesmo se não puderem ir, faça sua parte ao menos divulgando.

Pautas:
Reforma Política Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção
Estamos organizando um GRANDE ATO contra a corrupção e a favor de uma reforma politica ampla, democrática e concreta.
No dia 25 de julho vamos nos unir mais uma vez para gritar em alto e bom som nossas indignações e dar um basta definitivo na roubalheira e impunidade que tomou conta de nosso cenário politico.
Nosso foco será voltado para os seguintes pontos.
- Reforma Politica Eficaz e democrática;
- Execução das condenações dos mensaleiros;
- Fora Renan Calheiros;
- Redução dos Benefícios dos Parlamentares;
- Fim do voto secreto na Câmara e no Senado;
- Maior rapidez nos julgamentos dos processos que envolvem corrupção;

* FIQUEM ATENTOS AO TRAJETO DO ATO: NOSSO PONTO DE PARTIDA SERÁ O MUSEU NACIONAL. SAIREMOS EM MARCHA APROXIMADAMENTE ÀS 18:00. NOSSA PRIMEIRA PARADA SERÁ NO PALÁCIO DO BURITI, PASSANDO PELA RODOVIÁRIA. EM SEGUIDA, IREMOS EM MARCHA ATÉ A CAMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL (CLDF). DEPOIS CAMINHAREMOS EM DIREÇÃO AO TJDFT. POR FIM, DESCEREMOS PELO MONUMENTAL ATÉ O CONGRESSO NACIONAL.

Sua presença e de seus amigos é muito importante neste Grande Ato Pacifico, para mostrarmos que o poder popular pode mudar o rumo do nosso País!Não precisamos de lideres e sim de multiplicadores, ajudem a divulgar o evento e dar corpo a ele, toda ideia é bem vinda!

Resistir é a nossa razão de existir!
Resistir e acordar os que querem dormir!

Saiba quem são os 25 réus do mensalão que foram condenados pelo STF
http://noticias.uol.com.br/politica/listas/saiba-quais-reus-do-mensalao-ja-foram-condenados-pelo-stf.htm

Aqui você encontra uma lista com os nomes de parlamentares envolvidos em Crimes de Corrupção: http://naovote.com.br/

Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros
https://secure.avaaz.org/po/petition/Impeachment_do_Presidente_do_Senado_Renan_Calheiros/

Acampamento União Brasília Público



 Movimento Contra Corrupção



 
Vamos ficar acampados, fazendo revezamento, em frente ao Congresso, até dia 25, que é o dia da manifestação.
Nossa pauta:
Rejeição da PEC 33 (que submete ao Congresso Nacional determinadas decisões do Supremo);
Rejeição do Projeto de Lei do Senado nº 728/2011, que tipifica como crimes determinadas condutas ao longo da Copa das Confederações e da Copa do Mundo;
Recall político;
Estabelecer políticas de fiscalização dos 3 Poderes com participação popular, através da criação de conselhos populares;
Aprovação da PEC 115/2011, que isenta os medicamentos de tributos;
Facilitar o exercício da iniciativa popular de projetos de lei, referendos e plebiscitos, PEC 3/2011.
Aprovar a PEC 130 (fim do foro privilegiado para qualquer autoridade)
Aprovar a PEC 280 (reduz o número de deputados federias de 513 para 250. Uma economia de 43 milhões de reais por mês.)
Revogação da LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013, que tem seu texto semelhante ao da PEC 37.
Saída de Renan Calheiros da presidência do Senado. 


Link evento

Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP



A multinacional Siemens denunciou o caso às autoridades brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para escapar de uma punição maior. A Bancada do PT na Assembleia Legislativa já havia denunciado as irregularidades em 2008

A denúncia foi feita às autoridades antitruste brasileiras, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para escapar de uma punição maior - o caso foi revelado na edição deste domingo (14/7) pelo jornal Folha de S. Paulo.

Além da Siemens, o esquema envolveria ainda outras multinacionais, como a Alstom (já investigada na Europa por corrupção na América Latina), a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui.

De acordo com as denúncias, o cartel dos fabricantes de equipamentos atuou em seis licitações e o prejuízo total para o governo do Estado ainda não foi totalmente estimado. Segundo a investigação do Cade, o conluio envolveria ainda as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan. Destas, a Tejofran é fortemente ligada ao PSDB e cresceu exponencialmente nos governos de Mário Covas.

Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1310864-empresa-alema-siemens-delata-cartel-em-licitacoes-do-metro-de-sp.shtml

Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e Conectas no CDH da ONU


Remoções Forçadas para a Copa são denunciadas no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Violações de direitos, remoções forçadas, pressão por parte da Fifa e COI foram algumas das denúncias feitas pela ANCOP na 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra
Tradução:
Violações ao direito a moradia no contexto dos Mega Eventos no Brasil - Apresentação oral feita na ocasião da apresentação do relatoria do Relatoria Especial pelo direito à Moradia Adequada.
Conselho de Direitos Humanos da ONU – 04/03/2013
Obrigado Senhor Presidente
Conectas, em parceria com a Articulação Nacional dos Comitês Populares
da Copa e Olimpíadas, a Rede Jubileu Sul e a Wittnes gostariam, respeitosamente
de chamar vossa apresentação para os graves problemas sociais, abusos aos direitos
humanos e remoções forçadas de milhares de famílias que ocorrendo no Brasil em
virtude da preparação para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
A realização destes eventos esportivos no Brasil poderia ter criado a
possibilidade de viabilizar significativos investimentos sociais e na infraestrutura
do Brasil. Infelizmente, estes investimentos têm sido mal planejados, extremamente
custosos [1] e, em virtude das pressões da FIFA e do COI, resultado em enormes
problemas para as comunidades locais. Na verdade, isto parece ser um tema comum
relacionado aos mega eventos e mega projetos: servir ao lucro de uns e causar prejuízo a
milhões.
Dentre outros problemas, não existe política pública para prevenir a exploração
sexual de mulheres e adolescentes, [2], há aumento da restrição ao direito ao trabalho
informal e de pequenos comerciantes [3], a criação de leis especiais que destroem
direitos historicamente adquiridos pela população [4], a construção extremamente
cara de estádios sem utilidade futura resultando em redução de investimento em áreas
cruciais como saúde e educação.
Tem sido noticiado que [6] os dois eventos são responsáveis diretos pelas
remoções forçadas ou ameaça de remoções de mais de 170 mil pessoas. Isto
corresponde a quase 1 em cada 1.000 brasileiros estão ameaçados de perder suas
moradias por conta de jogos que não durarão sequer um mês cada. [7]. Trata-se de
um êxodo forçado, de interesse da especulação imobiliária, que alcança proporções
alarmantes em uma das cinco maiores populações do mundo.
Delegados
Isto não é novo para este Conselho. A Articulação Nacional dos Comitês
Populares da Copa, já submeteu denúncias para a Relatoria especial e o UPR. Estas
denúncias serviram de bases para:
a) Resolução 13/2010 sobre Megaeventos e direito a Moradia;
b) Duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial para o Governo do
Brasileiro, sem que este respondesse satisfatoriamente;
c) Recomendações específicas deste conselho ao governo do Brasil durante seu
encontro de maio de 2012.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das
Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos
direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das
remoções forçadas.
Excelências, Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE
IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetas,
crie um Plano Nacional de Reparações às remoções forçadas e um protocolo que
garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega
Projetos, e à Copa do Mundo e Olimpíadas.
Obrigada.
(Denúncia efetuada por Gisele Tanaka, representante do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro e da ANCOP).

Aconteceu nasegunda, 4 de março, a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. A Relatora Especial da ONU sobre Direito à Moradia Adequada, a brasileira Raquel Rolnik, apresentou seu novo relatório, que tem como tema a segurança da posse como componente do direito à moradia. O estudo de Rolnik foi produzido em meio à crise mundial de insegurança da posse, que se manifesta de muitas maneiras e em contextos distintos: despejos forçados, deslocamentos causados por grandes projetos, catástrofes naturais e conflitos relacionados à terra.
Na sessão, Giselle Tanaka, da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), fez uma breve exposição sobre as remoções forçadas no contexto da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A intervenção da ANCOP pede ao Conselho que diga ao governo brasileiro que pare imediatamente as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos. Diante da não resposta do Brasil frente às denúncias apresentadas pela ANCOP e pela Relata Raquel Rolnik, Giselle afirma “esperamos que a comunidade internacional se mobilize e que o Brasil responda aos questionamentos da Relatoria Especial para o Direito à Moradia, tomando medidas efetivas para que nenhuma família tenha que sofrer com a ameaça das remoções forçadas”.
As remoções forçadas têm sido o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e às Olimpíadas. Estima-se que pelo menos 170 mil pessoas estejam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros. A ANCOP já submeteu denúncias para a Relatoria Especial e para a Revisão Periódica Universal da ONU em outras ocasiões, que serviram de base para a Resolução 13/2010 sobre megaeventos e direito à moradia, para duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial da ONU para o governo brasileiro, e gerou recomendações específicas do Conselho da ONU ao Brasil durante seu encontro em maio de 2012.
Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa
A ANCOP reúne movimentos sociais, organizações, representantes de comunidades, pesquisadores e outras entidades e pessoas críticas à forma como estão sendo feitas as transformações urbanas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em dezembro de 2011, o grupo lançou o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, que reúne dados e informações sobre impactos de obras e transformações urbanas realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Os Comitês Populares estão nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O site pode ser acessado no endereço http://portalpopulardacopa.org.br/.
Dado o silêncio do Governo Brasileiro, com a iminência da Copa das Confederações e a quase um ano da Copa do Mundo, tememos que os abusos aos direitos humanos possam se agravar no Brasil, enquanto aumenta a violência das remoções forçadas.

Excelências,

Nós imploramos a este conselho que diga ao Governo Brasileiro que PARE IMEDIATAMENTE as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações às remoções forçadas e um protocolo que garante os direitos humanos em caso de remoções causadas por projetos ligados a Mega Projetos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Obrigado.

[1] http://clickeaprenda.uol.com.br/porta...
[2] http://copadomundo.uol.com.br/noticia...
[3] http://www.sul21.com.br/jornal/2012/1...
http://www.apublica.org/2012/04/copa-...
[4] http://ultimainstancia.uol.com.br/con...
[5] http://josecruz.blogosfera.uol.com.br...
[6] http://www.portalpopulardacopa.org.br...
[7] http://www.apublica.org/2013/02/franc...
http://www.apublica.org/2012/06/elisa...
For more information: +55 21 69224849 articulacaonacionalcopa@gmail.com

Assange: a América Latina na era das cyberguerras

Espionagem global é ponta de gigantesco iceberg. Controle dos fluxos de comunicação é nova arma dos Impérios. Alternativa pode estar no Sul


Assange: a América Latina na era das cyberguerras
 Por Julian Assange
 
O que começou como meio para preservar a liberdade individual pode agora ser usado por Estados menores, para frustrar as ambições dos maiores.
O cypherpunks[1] originais eram, na maioria, californianos libertaristas.[2]  Eu vim de tradição diferente, onde todos nós buscávamos proteger a liberdade individual contra a tirania do Estado. Nossa arma secreta era a criptografia. Já se esqueceu o quanto isso foi subversivo. A criptografia, então, era propriedade exclusiva dos Estados, para uso em suas muitas guerras. Ao escrever nossos próprios programas e distribuí-los o mais amplamente possível, liberamos a criptografia, a democratizamos e a espalhamos pelas fronteiras da nova internet.
A reação contra, sob várias leis “de tráfico de armas”, falhou. A criptografia se difundiu nos browsers da rede e em outros programas que, hoje, as pessoas usam diariamente. Criptografia forte é ferramenta vital na luta contra a opressão pelo Estado. Essa é a mensagem do meu livro Cypherpunks. Mas o movimento para disponibilizar universalmente uma criptografia forte tem de trabalhar para obter mais do que isso. Nosso futuro não está apenas na liberdade para os indivíduos.
Nosso trabalho em WikiLeaks implica compreensão semelhante da dinâmica da ordem internacional e da lógica do império. Durante o período de formação de WikiLeaks, encontramos evidências de pequenos países abusados e dominados por países maiores, ou infiltrados por empresas de fora, forçados agir contra eles próprios. Vimos o desejo popular ao qual não se dava voz e expressão, eleições compradas e vendidas, e países ricos, como o Quênia, assaltados e leiloados por plutocratas em Londres e em New York.
A luta pela autodeterminação latino-americana é importante para muito mais gente do que os que vivem na América Latina, porque mostra ao resto do mundo o que pode ser feito. Mas a independência da América Latina ainda engatinha. Tentativas para subverter a democracia latino-americana ainda acontecem, inclusive recentemente, em Honduras, Haiti, Equador e Venezuela.
Por isso a mensagem dos cypherpunks tem importância especial para os públicos latino-americanos. A vigilância em massa não é só problema para a governança e a democracia – é uma questão geopolítica. Se a população de um país inteiro é vigiada por país estrangeiro, há ameaça contra a soberania. Intervenção após intervenção nos assuntos da democracia na América Latina ensinaram-nos a ser realistas. Sabemos que os velhos poderes ainda explorarão, para benefício deles, qualquer possibilidade de retardar ou suprimir a eclosão da independência latino-americana.
Considere-se a simples geografia. Todos sabem que os recursos em petróleo regem a geopolítica global. O fluxo do petróleo determina quem é dominante, quem é invadido, quem é posto em ostracismo fora da comunidade global. O controle físico sobre um segmento de oleoduto define maior poder geopolítico. Governos que se ponham nessa posição podem obter concessões gigantescas. Num golpe, o Kremlin pode condenar a Europa Oriental e a Alemanha a um inverno sem calefação. E até a possibilidade de Teerã controlar um oleoduto para o leste, até Índia e China, é pretexto para a lógica belicosa de Washington.
Mas o novo grande jogo não é a guerra por oleodutos. É a guerra pelos dutos pelos quais viaja a informação: o controle sobre as vias de cabos de fibras óticas que se espalham pela terra e pelo fundo dos mares. O novo tesouro global é o controle do fluxo gigante de dados que conecta todos os continentes e civilizações, conectando as comunicações de bilhões de pessoas e empresas.
Não é segredo que, na Internet e no telefone, todas as rotas que entram e saem da América Latina passam pelos EUA. A infraestrutura da Internet dirige 99%  do tráfego que entra e que sai da América do Sul por linhas de fibras óticas que atravessam fisicamente fronteiras dos EUA. O governo dos EUA não mostrou qualquer escrúpulo quanto a quebrar sua própria lei e plantar escutas clandestinas nessas linhas e espionar os seus próprios cidadãos. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens de todo o continente latino-americano são devoradas por agências de espionagem dos EUA, e armazenadas para sempre em armazéns do tamanho de pequenas cidades. Os fatos geográficos sobre a infraestrutura da Internet, portanto, têm consequências sobre a independência e a soberania da América Latina.
O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latino-americanos protegem seus segredos com maquinário de criptografia. São caixas e programas que “desmontam” as mensagens na origem e as “remontam” no destino. Os governos compram essas máquinas e programas para proteger seus segredos – quase sempre o próprio povo paga (caro) –, porque temem, corretamente, que suas comunicações sejam interceptadas.
Mas as empresas que vendem esses equipamentos e programas caros mantêm laços estreitos com a comunidade de inteligência dos EUA. Seus presidentes e altos executivos são quase sempre matemáticos e engenheiros da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) capitalizando as invenções que eles mesmos criaram para o Estado de Vigilância. Não raras vezes, as máquinas que vendem são quebradas: quebradas propositalmente, por uma razão. Não importa quem as use ou como as usem – as agências dos EUA conseguem “remontar” os sinais e leem as mensagens.
Esse equipamento é vendido para a América Latina e outros países como útil para proteger os segredos do comprador, mas são, de fato, máquinas para roubar aqueles segredos.
Enquanto isso, os EUA aceleram a próxima grande corrida armamentista. A descoberta do vírus Stuxnet vírus – e depois dos vírus Duqu e Flame – marca o início de uma nova era de programas complexos usados como arma, que estados poderosos fabricam para atacar estados mais fracos. A primeira ação agressiva contra o Irã visou a minar os esforços daquele país com vistas a defender sua soberania – ideia que é anátema para os interesses de EUA e de Israel na região.
Longe vai o tempo em que usar vírus de computador como arma de ataque era peripécia de romance de ficção científica. Agora, é realidade global, que se espalha graças ao comportamento leviano do governo de Barack Obama, em violação da lei internacional. Outros estados agora pôr-se-ão na mesma trilha, aumentando a própria capacidade de ataque.
Os EUA não são os únicos culpados. Em anos recentes, a infraestrutura de Internet de países como Uganda tem recebido grandes investimentos chineses. Gordos empréstimos chegam, em troca de contratos africanos para que empresas chinesas construam a espinha dorsal da infraestrutura de Internet ligando escolas, ministérios do governo e comunidades ao sistema global de fibra ótica.
A África vai-se conectando online, mas com máquinas vendidas por potência estrangeira aspirante ao status de superpotência. A Internet africana será o meio pelo qual o continente continuará subjugado no século 21?
Esses são algumas das importantes vias pelas quais a mensagem dos cypherpunks vai além da luta pela liberdade individual. A criptografia pode proteger não só as liberdades civis e os direitos individuais, mas a soberania e a independência de países inteiros, a solidariedade entre grupos que lutem por causa comum, e o projeto da emancipação global. Pode ser usada para enfrentar não só a tirania do estado contra o indivíduo, mas a tirania do império contra estados menores.
O grande trabalho dos cypherpunks ainda está por fazer.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Maior protesto da história do Brasil

#‎OperaçãoSeteDeSetembro‬ em apenas 8 dias mais de 4 milhões convidados, mais de 200 mil confirmados! 76 cidades confirmadas!
Evento centralizado: https://www.facebook.com/events/601096219921653/
Saudações mundo! Este é o evento 'centralizado' do maior protesto da história do Brasil! No dia 7 de Setembro milhares de pessoas vão as ruas protestar, marcaremos história numa manifestação que terá repercussão mundial!
Este protesto está tendo apoio e divulgação de diversas páginas no Facebook que resolveram se unir por mudanças de uma forma geral! Abaixo dos links dos eventos dos protestos por cidades você pode conferir quais são!
Convidamos todos que moram no país e fora dele para se organizarem e protestarem mostrando a força que temos em exigir nossos direitos e colocarmos nossas vontades de uma maneira nunca vista antes!
Serão diferentes sugestões de reivindicações como alvos do protesto!
Divulguem a #OperaçãoSeteDeSetembro nas diferentes Redes Sociais!
Divulguem o maior protesto da história do Brasil!


Na data 7 de setembro de 1822, dia da independência do Brasil, um grito foi gravado na historia do Brasil, "Independência ou Morte!". Agora no dia 7 de Setembro de 2013 devemos honrar nossa pátria e ir as ruas unidos por um país melhor sem corrupção, sem farra de políticos com dinheiro publico, pedindo por educação, saúde, transporte de qualidade. Vamos as ruas, mostrar que queremos independência de um sistema político onde o nossos representantes não pensam no povo. Esse vai ser o maior protesto do Brasil e vamos mostrar ao mundo que cansamos de viver em uma ditadura escondida. Políticos dizem que o Brasil é um país democrático o povo sabe que não é bem assim, a mídia é manipulada. Então vamos fazer a nossa independência. 


Edward Snowden nomeado para Prêmio Nobel da Paz

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Um membro da Real Academia Sueca de Ciências e professor de sociologia da Universidade de Umea, Stefan Svallfors, enviou uma carta ao Comitê Nobel norueguês, na qual se expressou a favor da atribuição do Prêmio Nobel da Paz a Edward Snowden.
A carta nota que os esforços heróicos de Snowden, feitos em detrimento da sua situação pessoal, lançam luz sobre o extenso trabalho de espionagem que está sendo realizado pelos Estados Unidos.
“Graças à coragem de Snowden, o nosso mundo se tornou melhor e mais seguro”, disse o professor Svallfors.

Criminalização dos Black-Blocs: uma armadilha

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“O que precisa ser discutido, e parece esquecido nessa busca por culpados e pela criminalização de novos grupos ativistas anti-sistema, é a violência escalonante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Esse é o debate.”
Observamos nos últimos dois dias, e bem de perto, a criminalização do jovem ativismo anarquista, como outros movimentos também foram criminalizados num passado não muito distante. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, os movimentos do campo passaram por criminalizações similares, invenções midiáticas de invasão de terras “supostamente” produtivas, num claro revide contra a Reforma Agrária pleiteada. Com o auxílio da mídia convencional, esses movimentos foram taxados de vândalos, bárbaros, destruidores e um atraso para o desenvolvimento do país.
O que temos pra hoje são “caixas” e “mochilas” de molotovs confeccionados em garrafas de mesma marca, quase uma produção fabril, colocadas no chão por possíveis policiais infiltrados, ao lado dos Black Blocs que marchavam na Av. Rio Branco. Cenas que foram capturadas em câmera pelas mídias independentes. Esses mesmos infiltrados agem como se “descobrissem” os molotovs, e responsabilizam os grupos anarquistas. Ao reproduzir  novamente o discurso de que esses jovens são os responsáveis pelos conflitos, a mídia convencional só pode partir da presunção de que toda uma população ainda está imbecilizada. É esquecer que, ao custo de muita bomba e bala de borracha, as mídias independentes retiraram o véu de qualquer mentira e armação, e estão acessíveis a quase todos aqueles que buscam informações.
Quem está desde junho nas ruas sabe que os movimentos anarquistas, em especial os Black Blocs, servem de proteção aos manifestantes, pois colocam-se na linha de frente, com escudos e proteções, prontos para devolver bombas aos seus atiradores. Sem essa linha de frente, quem estava na Presidente Vargas no dia 20/06 não teria saído a tempo sem ser pisoteado, baleado, ou fortemente intoxicado.
O que precisa ser discutido, e parece esquecido nessa busca por culpados e pela criminalização de novos grupos ativistas anti-sistema, é a violência escalonante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Esse é o debate. Não pode ser naturalizado uma criança de cerca de 8 anos desmaiada no meio da Cinelândia por intoxicação de gás lacrimogênio. Não pode ser considerado normal que a polícia faça duas linhas fechando a Av. Rio Branco, e uma linha lateral onde obrigatoriamente seria o escoamento, e jogar spray de pimenta em todos que passavam.
A polícia carioca age na surdina, com carros envelopados sem identificação, atirando em manifestantes que já haviam dispersado. Persegue manifestantes por ruas, bairros, longos percursos, atirando bombas em hospitais, em residências, em passantes, bares, praças, deliberadamente, e planejadamente. Não são despreparados, são uma máquina de repressão comandada pelo Estado.
Aos que tem acesso à informação, não permitam que se criminalize mais um grupo social simplesmente por existir e por questionar o poder vigente. É preciso encampar essa luta, é preciso desmilitarizar, desarmar essa máquina de matar. Pois, como bem diz uma das faixas das manifestações: “A mesma polícia que reprime no asfalto é a que mata nas favelas”. E o que vai acontecer quando esse grupo que é a linha de frente das manifestações for criminalizado? As balas vão deixar de ser de borracha no asfalto também?
“É preciso estar atento e forte…”

Fonte: Blog das lutas

A Batalha de Laranjeiras, 11 de Julho de 2013


Esta é uma obra documental.

Cansados da corrupção, violência policial e estripulias aereas do governador Sergio Cabral, uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara foi convocada dia 11 de Julho. Quando o protesto no Rio de Janeiro finalmente conseguiu fechar a Av. Pinheiro Machado nas duas vias, não demorou pra polícia começou a atirar bombas e balas de borracha. Manifestantes e Black Blocs desceram a Rua Paissando virando e queimando lixeiras pelo caminho enquanto alguns moradores gritavam "vândalos", mas mudaram de ideia rapidinho quando o gás lacrimogêneo tomou conta de seus apartamentos.

#ProtestoRJ #OcupaCabral
Imagens: Matias Maxx
Edição: Guilherme Schumann