Anúncio foi feito após reunião com José Mariano Beltrame.
‘Mudanças fazem parte do processo de gestão’, disse secretário.
O comandante-geral da Polícia Militar do
Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, foi exonerado do
cargo na noite desta segunda-feira (5). A informação foi confirmada pela
Secretaria de Segurança Pública, em nota, após reunião do coronel com o
secretário José Mariano Beltrame. Ainda não há uma decisão sobre o
substituto de Erir.
“Mudanças fazem parte do processo de
gestão e devem ser vistas com naturalidade”, disse o secretário de
Segurança, que destacou o empenho do coronel Costa Filho no período de 1
ano e 10 meses à frente da PMERJ. “Quero ressaltar o trabalho e a
integridade do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que
comandou”, completou Beltrame.
Beltrame e Erir se reuniram essa tarde
para discutir um ato do coronel que revoga punições de “menor potencial
ofensivo” aos policiais militares. Neste domingo, Beltrame já havia
adiantado que não havia gostado da decisão de Erir, e que pediria
explicações sobre o fim das punições.
“Da forma que foi colocado, eu não
gostei. Precisamos entender e a sociedade mais ainda, para entender
quais são essas infrações”, disse Beltrame em visita à favela da
Mangueirinha, em Duque de Caxias, neste domingo. Beltrame contou ainda
que foi pego de surpresa pela decisão.
A Polícia Militar informou neste sábado (3) que a anistia aos
integrantes da corporação concedida pelo comandante-geral da corporação,
coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, não inclui os atos cometidos
durante as manifestações. Em nota, a PM informou que a anistia foi
apenas a policiais punidos administrativamente, como em casos de atraso,
faltas ou ausências não justificadas.
A justificativa para tal medida, segundo
o comandante-geral, foi a falta de efetivo para atuar no policiamento
durante a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e as
manifestações ocorridas nos últimos dois meses. A pressão sobre o
comando da PM e sobre a cúpula da SSP só cresce diante de fatos recentes
que colocam em xeque a principal bandeira do Governo, que é a redução
dos índices de violência e de crimes, bem como a pacificação das
favelas. O sumiço do pedreiro Amarildo de Souza e os ataques aos prédios
do Afroreggae, além das ameaças ao coordenador do projeto, José Júnior,
ainda não tiveram soluções.
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