Anonymous São Carlos

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Anonymous é uma nova cultura, diz diretor de filme sobre o fenômeno do anonimato

Esse destaque todo ficou evidente com o documentário “We Are Legion – The Story of the Hacktvists”

Anonymous é uma nova cultura, diz diretor de filme sobre o fenômeno do anonimato
O Anonymous já se firmou como um dos grupos hacker mais famosos de todos os tempos, tanto pela forma de atacar quanto pelos motivos que os levam a fazer o que fazem. Esse destaque todo ficou evidente com o documentário “We Are Legion – The Story of the Hacktvists”.
Brian Knappenberger, de 41 anos, dirigiu a obra. E as suas respostas dão certa luz sobre como são vistos os integrantes dessa comunidade que já atacou até o site da Casa Branca. “É um dos fenômenos culturais mais interessantes da história recente”, afirma.
“O Anonymous é uma nova forma de cultura. E uma muito, muito poderosa. Muitas coisas não são novidades. Hacking não é novidade, nem hacktivismo, há muitos exemplos disso nos anos 90 e até mesmo nos 80. Desobediência civil tem uma longa tradição pelo mundo, assim como a figura do “joker” [coringa, piadista]. Mas, se você combinar tudo isso com o número cada vez maior de pessoas on-line nos últimos dez anos e o conforto que temos em nos comunicar on-line e em dividir volumes de informações pessoais… Combine tudo isso, e temos uma cultura nunca antes vista.”
Knappenberger explica que, por mais que o Anonymous aja de maneira ilegal, eles são mais ativistas do que criminosos, pois se diferenciam dos chamados “black hats”, especializados em roubo. “De fato, algumas vezes eles liberam informações privadas de usuários ou cartões de crédito. Mas o fazem de forma bastante barulhenta, pública, é uma provocação.”
“Os hackers conhecidos como ‘black hats’ são bem diferentes. Você nunca ouve falar sobre eles, estão sempre tentando roubar o máximo possível antes de serem pegos e se mantêm completamente silenciosos sobre como entraram nos sistemas. Há uma separação, pode ter certeza.”

Assista ao documentário

Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous

Em um mundo virtual o qual as redes sociais são – cada vez mais – antissociais, estabelecer uma rede de contatos baseada em interesses comuns, e não somente em grau de parentesco ou relações pré estabelecidas, tem se tornado cada vez mais difícil.
A internet cresceu e se expandiu-se como uma ferramenta que possibilita ultrapassarmos barreiras físicas. A universalidade do acesso permitiu que diferentes pessoas, de diferentes lugares, se encontrassem, comunicando-se inicialmente via interesses comuns. Mas, infelizmente, com o passar destes poucos anos, essa realidade mudou.
Saudosistas vão lembrar do IRC e ICQ, com todos seus canais e diretórios. No início da década passada, as salas de bate-papo online eram garantia de discussões acaloradas madrugada adentro. Recentemente tivemos um último suspiro com o Orkut e suas comunidades, onde debates intermináveis reuniam pessoas das mais diferentes culturas e localidades. Apesar de todos esses estarem ativos até hoje, o perfil do usuário mudou substancialmente. O internauta de hoje enxerga a rede social apenas como uma extensão da sua vida real.
Em tempos onde protestos já se estabelecem como pauta constante na vida dos brasileiros, as redes sociais exercem um papel fundamental na organização e divulgação destes. A contradição de manter-se “real” em mundo virtual, somado à vontade ou necessidade de permanecer anônimo, gera uma “barreira virtual” a qual muitos preferem não ultrapassar.
É justamente neste cenário que a AnonySocial, rede social criada e utilizada pelo grupo cyberativista Anonymous, vem crescendo de maneira surpreendente.
Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous
Pagina de Login AnonySocial
Como é de se esperar, não é exigido (tanto pela rede, como pelos demais usuários) que seu perfil estabeleça uma imagem de quem você é na vida real. Perfis anônimos se misturam harmoniosamente com perfis “reais”. Todos são bem vindos. O importante aqui não é estabelecer uma imagem ou destacar-se, mas sim, nos juntarmos à luta pelas ideias e ideais que nos unem.
Uma das maiores dificuldades nos interessados em participar mais diretamente nas atividades do Anonymous, é justamente saber como estabelecer o contato inicial. Uma estrutura horizontal, não hierárquica e, obviamente, anônima, tornava esta tarefa praticamente impossível. Esta nova rede facilita esta tarefa, aproximando seus interessados e oferecendo uma maneira livre, segura e anônima de troca e compartilhamento de informações.
Os números surpreendem. Apesar do pouco tempo em que a rede está no ar, (desde 29 de abril desse ano) os 100 mil usuários já compartilharam em média, 106 mil fotos em cerca de 3 mil páginas – além da organização de cerca de 800 eventos. A comunidade cresce em ritmo acelerado. Cada dia, 1.200 novas pessoas ingressam na rede, aproximadamente. Em menos de um ano, tornou-se ponto de encontro definitivo de seus simpatizantes.
Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous
Página de Perfil da AnonySocial
O layout é limpo e direto. Lembra propositalmente o Facebook, para que seus novos integrantes não percam muito tempo em familiarizar-se com a nova rede social. Seu uso é natural e muito amigável para, até mesmo, marinheiros de primeira viagem.
Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous
Página de Login via Celular
Para quem está sempre na rua, a versão para celulares consegue ser ainda mais fácil de usar. Todas as funcionalidades disponíveis na versão completa, marcam presença na versão móvel.
Feed de notícias, murais, compartilhamentos, likes e deslikes. Todos os principais conceitos e funcionalidades estão presentes.
Por dentro da AnonySocial, a rede social dos Anonymous
Página de Perfil via Celular
A iniciativa veio em um momento oportuno. Milhares de brasileiros engajados na luta por um pais melhor é algo que nem sempre vivenciamos. A internet já se provou como um meio de comunicação e organização eficaz, capaz de tornar real o que é discutido no virtual. A AnonySocial (clique aqui para ir para pagina)promete ser a centralização desta organização, unificando células, unindo interesses, ideais e provendo um meio seguro e anônimo para isto. A ideia aqui não é revolucionar conceitos de redes sociais, mas sim, o que é possível atingir com ela.
Realmente, agora, não há mais desculpas para não sair da internet.

Exército monitorou líderes de protestos pelas redes sociais



O Exército brasileiro monitorou com lupa as manifestações que tomaram as ruas do país em junho, inclusive com uma técnica de espionagem semelhante à utilizada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), organismo sob suspeita de violação de dados sigilosos no Brasil. Um software de fabricação nacional, em uso pelo Centro de Defesa Cibernética do Exército, filtrou informações postadas nas redes sociais e serviu para identificar os manifestantes que assumiram a linha de comando dos protestos.
Os dados produzidos foram enviados à Polícia Federal e às Secretarias de Segurança Pública nos estados onde ocorriam as manifestações. As informações foram repassadas pelo chefe do Centro de Defesa Cibernética, general José Carlos dos Santos.
Segundo o general, o monitoramento feito pelo Exército é legal. Esse acompanhamento é necessário por envolver questões de segurança nacional, o que legitima e justifica essa ação, avalia ele. O militar informou que a parceria com a Polícia Federal também tem legitimidade até porque as Forças Armadas não atuam na ponta, o que é função da polícia.
O centro funciona no quartel-general do Exército, em Brasília. Da central de monitoração cibernética, Santos comandou um grupo de 50 militares responsáveis por identificar eventuais líderes das manifestações, pontos de potencial conflito e organização de atos de vandalismo. Agentes e delegados da PF atuaram em conjunto com o Exército. Outros 24 militares — quatro em cada uma das seis sedes da Copa das Confederações — participaram do monitoramento dos protestos. Novas manifestações poderão ser acompanhadas pelo Centro de Defesa Cibernética e pelo setor de inteligência do Exército.
Os protestos de junho, em especial os realizados nos dias de jogo na Copa das Confederações, foram marcados pela violência das polícias militares, que evitaram a aproximação dos manifestantes dos estádios. Agora, sabe-se que filtros produzidos pelo Exército, com identificação de eventuais líderes, municiaram a ação dos policiais. O software utilizado foi fabricado pela Dígitro, empresa de Florianópolis que vende a ferramenta a órgãos de segurança pública em geral, segundo o general.
— A adaptação do software para esse tipo de monitoração depende do usuário. Ele foi customizado para esse evento — disse o general.
Santos afirmou que o monitoramento e a filtragem de dados das redes sociais pararam com o fim da Copa das Confederações. Segundo ele, em nenhum momento o Exército filtrou dados que não fossem informações públicas, divulgadas nas redes sociais pelos ativistas:
— Essa foi a nossa presença nessa imensa praça cibernética. Com filtros, consegue-se focalizar o que interessa. É uma técnica de filtragem que a própria espionagem deve utilizar racionalmente. Os americanos monitoram 2,3 bilhões de e-mails e telefonemas. Se não houver essa técnica, não é possível gerar inteligência sobre isso. O próprio embaixador americano (no Brasil), Thomas Shannon, indica que essa é a técnica utilizada pela NSA. É um processo semelhante. A grande diferença é que nós nos baseamos só em informações de domínio público.
Conjuntos de frases e palavras publicadas nas redes sociais foram pinçados:
— Tudo que estava relacionado à segurança pública era mapeado. Era difícil precisar de onde estava partindo a coordenação. Quando era possível, informávamos aos órgãos de segurança.
O Centro de Defesa Cibernética já monitora as movimentações para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio. Na Copa das Confederações, o Exército forneceu informações “em tempo real” sobre produtos explosivos a serem usados nas manifestações. Fábricas clandestinas de explosivos foram interditadas, segundo o general. O mesmo monitoramento está previsto para a Copa do Mundo em 2014.

Sociólogo afirma que ausência de líderes é uma das qualidades dos protestos no Brasil.

Sociólogo Manuel Castells: Afirma que ausência de líderes é uma das qualidades dos protestos no Brasil e diz que país vai influenciar países vizinhos.

‘O povo não vai se cansar de protestar’


Na rua está “a sociedade em sua diversidade”, diz Castells
Foto: Luiz Munhoz/FatoPress/Folhapress/10-6-2013 

Para o sociólogo catalão Manuel Castells, boa parte dos políticos é de “burocratas preguiçosos”. Ele é um dos pensadores mais influentes do mundo, com suas análises sobre os efeitos da tecnologia na economia, na cultura e, principalmente, no ativismo. Conhecido por sua língua afiada, o espanhol falou sobre os protestos no Brasil.
Os protestos no Brasil não tinham líderes. Isso é uma qualidade ou um defeito?
Claro que é uma qualidade. Não há cabeças para serem cortadas. Assim, as redes se espalham e alcançam novos espaços na internet e nas ruas. Não se trata, apenas, de redes na internet, mas redes presenciais.
Como conseguir interlocução com as instituições sem líderes?
Eles apresentam suas demandas no espaço público, e cabe às instituições estabelecer o diálogo. Uma comissão pode até ser eleita para encontrar o presidente, mas não líderes.
Como explicar os protestos?
É um movimento contra a corrupção e a arrogância dos políticos, em defesa da dignidade e dos direitos humanos — aí incluído o transporte. Os movimentos recentes colocam a dignidade e a democracia como meta, mais do que o combate à pobreza. É um protesto democrático e moral, como a maioria dos outros recentes.
Por que o senhor disse que os protestos brasileiros são um “ponto de inflexão”?
É a primeira vez que os brasileiros se manifestam fora dos canais tradicionais, como partidos e sindicatos. As pessoas cobram soberania política. É um movimento contra o monopólio do poder por parte de partidos altamente burocratizados. É, ainda, uma manifestação contra o crescimento econômico que não cuida da qualidade de vida nas cidades. No caso, o tema foi o transporte. Eles são contra a ideia do crescimento pelo crescimento, o mantra do neodesenvolvimentismo da América Latina, seja de direita, seja de esquerda. Como o Brasil costuma criar tendências, estamos em um ponto de inflexão não só para ele e o continente. A ideologia do crescimento, como solução para os problemas sociais, foi desmistificada.
O que costuma mover esses protestos?
O ultraje, causado pela desatenção dos políticos e burocratas do governo pelos problemas e desejos de seus cidadãos, que os elegem e pagam seus salários. O principal é que milhares de cidadãos se sentem fortalecidos agora.
O senhor acha que eles podem ter sucesso sem uma pauta bem definida de pedidos?
Acho inacreditável. Além de passarem por uma série de problemas urbanos, ainda se exige que eles façam o trabalho de profissional que deveria ser dos burocratas preguiçosos responsáveis pela bagunça nos serviços. Os cidadãos só apontam os problemas. Resolvê-los é trabalho para os políticos e técnicos pagos por eles para fazê-lo.
Com organização horizontal, esse movimento pode durar?
Vai durar para sempre na internet e na mente da população. E continuará nas ruas até que exigências sejam satisfeitas, enquanto os políticos tentarem ignorar o movimento, na esperança que o povo se canse. Ele não vai se cansar. No máximo, vai mudar a forma de protestar.
Outra característica dos protestos eram bandeiras à esquerda e à direita do espectro político. Como isso é possível?
O espaço público reúne a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados — todo mundo. Anormal seriam legiões em ordem, organizadas por uma única bandeira e lideradas por burocratas partidários. É o caos criativo, não a ordem preestabelecida.
Há uma crise da democracia representativa?
Claro que há. A maior parte dos cidadãos do mundo não se sente representada por seu governo e parlamento. Partidos são universalmente desprezados pela maioria das pessoas. A culpa é dos políticos. Eles acreditam que seus cargos lhes pertencem, esquecendo que são pagos pelo povo. Boa parte, ainda que não a maioria, é corrupta, e as campanhas costumam ser financiadas ilegalmente no mundo inteiro. Democracia não é só votar de quatro em quatro anos nas bases de uma lei eleitoral trapaceira. As eleições viraram um mercado político, e o espaço público só é usado para debate nelas. O desejo de participação não é bem-vindo, e as redes sociais são vistas com desconfiança pelo establishment político.
O senhor vê algo em comum entre os protestos no Brasil e na Turquia?
Sim, a deterioração da qualidade de vida urbana sob o crescimento econômico irrestrito, que não dá atenção à vida dos cidadãos. Especuladores imobiliários e burocratas, normalmente corruptos, são os inimigos nos dois casos.
Protestos convocados pela internet nunca tinham reunido tantas pessoas no Brasil. Qual a diferença entre a convocação que funciona e a que não tem sucesso?
O meio não é a mensagem. Tudo depende do impacto que uma mensagem tem na consciência de muitas pessoas. As mídias sociais só permitem a distribuição viral de qualquer mensagem e o acompanhamento da ação coletiva.


Presidente da Fifa demonstra preocupação com manifestações

"Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede", disse Joseph Blatter.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, demonstrou, nesta quarta-feira (17), preocupação com as manifestações populares do Brasil. Blatter deu a seguinte afirmação à agência de notícias alemã DPA: "Se isto acontecer outra vez em 2014, então talvez nós tenhamos que nos questionar se tomamos a decisão errada de entregar ao Brasil o direito de ser sede. Porém, isso não acontecerá. Estou confiante que o Brasil vai entregar uma grande Copa do Mundo”. Em nota, o Ministério do Esporte declarou que o sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o ministério afirmou que o Brasil é um país democrático e que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão.

Pedido de vista adia votação da PEC sobre perda de mandato parlamentar

Discussão sobre o texto só será retomada após o "recesso branco" do Congresso, em agosto
Um pedido de mais tempo para análise adiou nesta quarta-feira a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2013, que prevê a perda automática do mandato de parlamentares que forem condenados definitivamente pela Justiça por improbidade administrativa ou por crimes contra a administração pública. A solicitação foi feita pelo senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que argumentou ser favorável à proposta, porém precisaria de mais tempo para analisar o texto. Com o pedido de vista, a discussão sobre o projeto será retomada na próxima reunião da CCJ, que deve ocorrer no dia 7 de agosto. Para o autor da matéria, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), a proposta vai sofrer resistências dentro do Congresso Nacional. "Não vejo nenhum entusiasmo ou boa vontade de incluir a matéria na agenda positiva. Acho que é o espírito corporativista de preservar privilégios que o Congresso tem", avalia. "Acho que isso pode ter relação com quem tem processo em tramitação no Supremo ou já esteve respondendo processo. E o projeto ainda evita o fim do foro privilegiado", acrescenta. O foro privilegiado garante que autoridades sejam julgadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Vasconcelos, o fim da regra pode abrir brechas para que juízes sejam alvos de pressões e interesses durante julgamentos de autoridades. "A partir do mensalão, quando todos foram condenados por improbidade administrativa e crime contra a administração pública, ou pelos dois, o foro, que era atacado, passou a ser uma coisa positiva. O juiz singular (de primeira instância) está mais sujeito à pressão que os 11 ministros da Suprema Corte", avalia. No julgamento da Ação Penal 470 no STF, o processo do mensalão, foram condenados os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Jose Genoino (PT-SP). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) criticou o adiamento da votação da PEC. "Perdemos a pressa? Esse é um projeto simples que resolveria a questão. Não há porque retardar", disse. Segundo o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da PEC, a iniciativa é "relevante por efetivar o princípio da moralidade e da probidade para o exercício do mandato eletivo". Para ele, a proposta também está em sintonia com "o clamor popular pelo respeito à coisa pública e pela efetividade das condenações dos agentes públicos envolvidos em malfeitos". Se for acatada pelos senadores na CCJ, a matéria ainda precisa ser aprovada em votação, em dois turnos, no plenário do Senado, e depois passar pelo crivo dos deputados federais. Como seguem as mesmas regras do Congresso Nacional, as mudanças, se aprovadas, também vão valer para deputados estaduais e distritais.

Facebook tem acesso às senhas dos usuários, alerta ex-funcionária


Diante do aumento das acusações de grandes empresas sobre a participação de grandes empresas no Prism, o programa de vigilância dos EUA aos usuários da internet, uma ex-funcionária do Facebook foi a público para alertar sobre os riscos da inclusão de informações nas redes sociais.
Segundo Katherine Losse, que trabalhou durante cinco anos na empresa até 2010, a preocupação não deve ser apenas com a espionagem governamental, mas também com o cuidado com que o Facebook trata as contas dos usuários.
Em entrevista à publicação britânica The Guardian, ela afirma que os empregados da rede social também têm acesso aos dados dos usuários, incluindo sua senha. A informação é importante, já que boa parte das pessoas usam a mesma palavra-chave para outros serviços, incluindo o e-mail de cadastro na rede social.
“Usuários de redes sociais entendem que eles são os únicos que podem acessar as informações que colocam na rede e, na maioria dos casos, isso não é verdade, porque alguns dos funcionários precisam ter acesso às contas para fazer seus trabalhos”, ela alega, lembrando que em outras startups, os dados normalmente não são inacessíveis por empregados.
Losse, que foi uma das primeiras funcionárias do Facebook, afirma que “todos os funcionários de suporte ao cliente recebiam uma senha-mestra, com a qual era possível fazer login como qualquer usuário e ter acesso aos seus dados e suas mensagens”. Ela acrescenta que com o passar do tempo, outras formas mais seguras de recuperação de contas foram implementadas.
O Facebook, no entanto, afirma que o acesso de funcionários a dados de usuários funciona com um sistema de “need-to-know”, no qual a pessoa só tem acesso a informações que ele necessita para realizar uma tarefa específica. Desta forma, ele não pode acessar indiscriminadamente o perfil de outra pessoa.
Entretanto, ela afirma que, mesmo assim, não há garantia de segurança de seus dados nas redes sociais. “Mesmo se um funcionário comum não possa acessar suas informações, elas podem estar sendo gravadas em algum lugar para a NSA”.
Durante o período em que trabalhou no Facebook, Katherine Losse operou o serviço de atendimento ao cliente, sendo promovida, posteriormente, ao cargo de redatora de discursos de Mark Zuckerberg.
Diante do aumento das acusações de grandes empresas sobre a participação de grandes empresas no Prism, o programa de vigilância dos EUA aos usuários da internet, uma ex-funcionária do Facebook foi a público para alertar sobre os riscos da inclusão de informações nas redes sociais.
Segundo Katherine Losse, que trabalhou durante cinco anos na empresa até 2010, a preocupação não deve ser apenas com a espionagem governamental, mas também com o cuidado com que o Facebook trata as contas dos usuários.
Em entrevista à publicação britânica The Guardian, ela afirma que os empregados da rede social também têm acesso aos dados dos usuários, incluindo sua senha. A informação é importante, já que boa parte das pessoas usam a mesma palavra-chave para outros serviços, incluindo o e-mail de cadastro na rede social.
“Usuários de redes sociais entendem que eles são os únicos que podem acessar as informações que colocam na rede e, na maioria dos casos, isso não é verdade, porque alguns dos funcionários precisam ter acesso às contas para fazer seus trabalhos”, ela alega, lembrando que em outras startups, os dados normalmente não são inacessíveis por empregados.
Losse, que foi uma das primeiras funcionárias do Facebook, afirma que “todos os funcionários de suporte ao cliente recebiam uma senha-mestra, com a qual era possível fazer login como qualquer usuário e ter acesso aos seus dados e suas mensagens”. Ela acrescenta que com o passar do tempo, outras formas mais seguras de recuperação de contas foram implementadas.
O Facebook, no entanto, afirma que o acesso de funcionários a dados de usuários funciona com um sistema de “need-to-know”, no qual a pessoa só tem acesso a informações que ele necessita para realizar uma tarefa específica. Desta forma, ele não pode acessar indiscriminadamente o perfil de outra pessoa.
Entretanto, ela afirma que, mesmo assim, não há garantia de segurança de seus dados nas redes sociais. “Mesmo se um funcionário comum não possa acessar suas informações, elas podem estar sendo gravadas em algum lugar para a NSA”.
Durante o período em que trabalhou no Facebook, Katherine Losse operou o serviço de atendimento ao cliente, sendo promovida, posteriormente, ao cargo de redatora de discursos de Mark Zuckerberg.

Pronunciamento feito por Edward Snowden no Aeroporto de Moscou

Ex-técnico da ‪#‎CIA‬ fez pronunciamento no aeroporto de Moscou, nesta sexta-feira (12). Leia a íntegra divulgada pelo site do ‪#‎WikiLeaks‬.

“Olá, meu nome é Ed Snowden. Há pouco mais de um mês, eu tinha família, um lar no Paraíso, e vivia com muito conforto. Eu também tinha a capacidade de, sem qualquer autorização, para procurar, tomar e ler as suas mensagens. Na verdade, as mensagens de qualquer pessoa, a qualquer momento. Este é o poder que mudar o destino das pessoas.
Também é uma séria violação da lei. As emendas 4 e 5 da Constituição do meu país, o artigo 12 da Declaração Universal dfos Direitos Humanos, e numerosos estatutos e tratados proíbem tais sistemas de vigilância massiva e invasiva. Enquanto a Constituição dos Estados Unidos assinala que estes programas são ilegais, o meu governo argumenta que juízos de um tribunal secreto, que o mundo não pode ver, de alguma forma legitima esta atividade ilegal. Estes juízos simplesmente corrompem a noção mais básica de justiça, que precisa ser revelado. Algo imoral não pode se tornar moral através do uso de uma lei secreta.

Eu acredito no princípio declarado em Nuremberg, em 1945: “Indivíduos têm deveres internacionais que transcendem as obrigações nacionais de independência. Portanto cidadãos individuais têm o dever de violar leis domésticas para impedir a ocorrência de crimes contra a paz e a humanidade.

Conforme esta crença, fiz o que eu acreditava ser certo e comecei uma campanha para corrigir estas ações erradas. Não procurei enriquecer, nem vender segredos dos estados Unidos. Não me aliei a qualquer país estrangeiro para garantir a minha segurança. Ao invés, revelei o que eu conhecia ao público, de tal modo que aquilo que afeta as todos nós possa ser discutido por todos nós à luz do dia, e pedi justiça ao mundo.
A decisão moral de tornar pública a espionagem que nos afeta a todos me custou muito, mas era o correto a fazer, e não me arrependo de nada.

Desde então o governo e os serviços de inteligência dos Estados Unidos vêm tentando fazer de mim um exemplo, um aviso para todos aqueles que quiserem vir a público como eu vim, O governo dos EUA me colocou numa lista de impedidos de viajar. Pediu a Hong Kong que me deportasse de volta, à margem de suas leis, numa clara violação do princípio de proteção – na Lei das Nações. Ameaçou com sanções países que defenderam meus direitos humanos e o sistema de asilo previsto pela ONU. Tomou inclusive a decisão sem precedentes de ordenar a aliados militares que forçassem o pouso de um avião presidencial latino-americano, na busca por um refugiado político. Esta escalação perigosa representa uma ameaça não só para a dignidade da América Latina, mas aos direitos fundamentais compartilhados por qualquer pessoa, qualquer nação, no sentido de viver sem perseguições, de procurar e desfrutar de asilo.

Ainda assim, diante desta agressão historicamente desproporcional, países ao redor do mundo me ofereceram apoio e asilo. Estas nações – inclusive a Rússia, a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador, têm minha gratidão e respeito por serem as primeiras a se erguer contra a violação de direitos humanos levada a cabo pelos poderosos, não pelos indefesos. Por recusarem a comprometer seus princípios diante das intimidações, ganharam o respeito do mundo. Tenho a intenção de viajar a cada um destes países para levar pessoalmente meus agradecimentos a seus povos e líderes.

Anuncio hoje minha aceitação formal de todas as ofertas de apoio e asilo que foram feitas, e todas que forem feitas no futuro. Com, por exemplo, a garantia de asilo concedido pelo presidente Maduro da Venezuela, minha condição de asilado agora está formalizada, e nenhum estado tem base legal para limitar ou interferir com meu direito de desfrutar deste asilo. Porém, como já vimos, alguns países na Europa Ocidental e os Estados Unidos demonstraram sua disposição de atuar por fora da lei, e esta disposição ainda está de pé hoje. Esta ameaça fora da lei torna impossível minha viagem à América Latina para desfrutar do asilo lá concedido segundo nossos direitos comuns.

A disposição de estados poderosos de agir à margem da lei representa uma ameaça para todos nós e não se deve permitir que ela tenha sucesso. Portanto, peço vossa ajuda [a organizações humanitárias] no sentido de garantir o direito de passagem em segurança através das nações pertinentes, para assegurar minha viagem à América Latina, bem como no sentido de pedir asilo na Rússia até que estes estados aceitem a lei e que minha meu direito legal de viajar seja permitido. Estarei apresentando meu pedido [de asilo] à Rússia hoje, e eu espero que ele seja aceito.

Se vocês têm quaisquer perguntas, responderei na medida do meu alcance.

Obrigado.”

Operação "O Dia Pela Independência" - Dia 07 de Setembro



Dia 7 de Setembro, local: TODOS OS LUGARES

Chega de ficar calado e promover a impunidade de cada político corrupto que faz o que bem entende com o nosso dinheiro.
Nosso objetivo é protestar contra a corrupção no Brasil e reverter esse quadro de impunidade que faz com que os políticos sujos continuem a abusar do poder que têm. NÃO DÁ MAIS. Então se você tem esse sentimento dentro do peito! Façamos o real Dia da Independência no Brasil!
Estamos organizando em diferentes cidades do Brasil, convide seus amigos para essa Operação.
#‎OperacaoSeteDeSetembro‬
Acesse o link e participe: https://www.facebook.com/events/601096219921653/

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